ARTESP TEM NOVO DIRETOR EXECUTIVO

ARTESP – O empresário Nassim Katri, CEO e fundador da franquia de tintas Pinta Mundi, passa a compor a direção executiva da Associação dos Revendedores de Tintas de São Paulo (Artesp) para o biênio 2019-2020. Sua nomeação se dá por escolha do presidente eleito, Jeanderson Ricardo Santaguita.

A instituição – que tem a proposta de representar a categoria dos varejistas de tintas e oferece aos associados recursos para que tenham uma melhor gestão – está passando por mudanças internas com o objetivo de trazer melhorias para o segmento. Além da definição da estrutura da nova gestão da associação, o conselho também aprovou alterações no Estatuto, entre elas, a possibilidade de a Artesp ter representatividade nacional, aumentando o número de lojas associadas.

De acordo com Katri, sua missão como membro da diretoria da Artesp é engajar e unir os lojistas para que o setor continue evoluindo. “Meu propósito é tentar fazer com que os lojistas se unam cada vez mais para que possamos acompanhar a evolução do varejo. É preciso que todo mundo participe, comente os problemas e encontre soluções para termos um objetivo em comum alcançado, que é um mercado melhor. Estou muito feliz e orgulhoso por assumir esta posição na direção executiva da Artesp e desejo construir uma excelente gestão ao lado dos meus colegas”, diz o também CEO e fundador da Pinta Mundi, rede de franquia de tintas com atuação de mais de 28 anos no segmento.

Para integrar a diretoria da entidade, requisitos como experiência no setor e notabilidade no varejo de tintas são fundamentais. Como novo membro do board da Artesp, Nassim Katri se reunirá pela primeira vez com seus colegas em em encontro que deve ocorrer na segunda quinzena de junho para definição de funções específicas definidas pelo presidente eleito.

 

Dentro do padrão

Coordenado pela ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), o Programa Setorial da Qualidade (PSQ) – Tintas Imobiliárias conseguiu modificar significativamente o cenário de tintas no Brasil, elevando o padrão dos produtos no mercado. Atualmente, cerca de 90% do volume de tintas imobiliárias vendidas no país – que em 2018 chegou a 1,28 bilhão de litros – está dentro dos padrões de qualidade. Este número representa uma grande evolução em relação ao panorama vivido pelo setor em 2002, época em que o programa foi criado, quando a não conformidade girava em torno de 50% dos produtos fabricados.

O PSQ – Tintas Imobiliárias integra o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), do Governo Federal, que visa melhorar a qualidade e modernizar os produtos do setor da construção civil. O programa atesta a qualidade das tintas no mercado brasileiro por meio de análises trimestrais de produtos com base nas normas de especificação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

De acordo com Antonio Carlos de Oliveira, presidente-executivo da ABRAFATI, o PSQ do setor de tintas imobiliárias tornou-se referência para outras categorias de produtos. “Quando iniciamos o programa, não havia normalização técnica da ABNT que permitisse diferenciar tintas de boa qualidade daquelas com desempenho insatisfatório. Não havia técnicos, nem laboratórios capacitados para avaliar este tipo de produto e os consumidores sofriam com falta de informações e com um mercado desregrado. Hoje, cerca de 90% das tintas imobiliárias já estão dentro dos padrões de qualidade estabelecidos em normas técnicas. É uma evolução significativa, mas nossa meta é chegar a 100%”, diz.

Desde a implantação do PSQ – Tintas Imobiliárias:

  • 36 normas técnicas foram publicadas pela ABNT, sendo 4 de especificação de produto e 13 de métodos de ensaio utilizados na rotina de avaliação das amostras do PSQ
  • Mais de 660 marcas e produtos foram avaliados
  • Mais de 6.400 auditorias foram realizadas
  • 20.736 amostras de tintas foram coletadas para análise
  • 55.873 ensaios de desempenho foram realizados
  • Entre 2008 e 2016, o programa entrou com representações judiciais contra 10 empresas cujos produtos foram identificados como não conformes pelo programa – 90% saíram da lista após as medidas do Ministério Público.
  • Entre 2017 e 2018 foram 13 representações contra fabricantes: 4 se ajustaram e já saíram da lista de não conforme; 3 assinaram Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e estão em período de adequação à norma técnica e 6 permanecem sob investigação.
    • Entre 2017 e 2018, 48 revendas foram notificadas por venderem produtos não conformes. A notificação alerta para os riscos envolvidos e incentiva revendas a deixarem de vender esses produtos.
    • Participam hoje do Programa Tinta de Qualidade 37 empresas, que contam com 49 unidades fabris localizadas em 13 Estados, nas cinco regiões do Brasil.

Números do setor de tintas no Brasil

  • Produção em 2018 – 1,548 bilhão de litros
  • Produção em 2017 – 1,535 bilhão de litros
  • Produção de tintas imobiliárias em 2018 – 1,28 bilhão de litros
  • As tintas imobiliárias responderam por 82,7% do volume de tintas fabricado em 2018

Sobre o processo de análise e qualificação

As auditorias do PSQ – Tintas Imobiliárias são realizadas pela Tesis (Engenharia e Gestão de Programas de Qualidade, Meio Ambiente e Inovação), uma empresa independente credenciada pela Coordenação Geral do PBQP-H e acreditada como entidade gestora técnica de programas setoriais de qualidade.

Os produtos analisados são as tintas imobiliárias látex nas cores claras (nas categorias Econômica, Standard e Premium), massas niveladoras, esmaltes sintéticos (Standard e Premium), tintas a óleo e vernizes de uso interior.

Todas as amostras são coletadas em unidades fabris e em revendas do varejo e avaliadas no laboratório institucional do Programa, localizado no SENAI Mario Amato (responsável pelos ensaios de desempenho), e na CEIMIC Análises Ambientais.

Com os resultados desses ensaios, são emitidos trimestralmente a lista de fabricantes qualificados (empresas participantes do programa que tenham um histórico positivo de análises e mantenham constante a conformidade de todas as marcas de tintas produzidas em todas as suas unidades fabris) e a relação de empresas e marcas que estão fora da conformidade (são aquelas que fabricam sistematicamente produtos que não atendem às especificações das normas técnicas), permitindo um retrato fiel e sempre atualizado do mercado.