NA CRISE, VIAPOL INVESTE EM TREINAMENTOS

VIAPOL – Jorge Lima, gerente marketing estratégico da Viapol foi entrevistado pela revista Revenda Construção para falar sobre o momento da economia brasileira causado pelo novo coronavirus.

Sua empresa está em operação ou fechada?

Está em operação.

Está fazendo alguma ação diferenciada para atender o varejo?

Não há nenhuma ação de vendas diferenciada uma vez que a maioria das lojas estão fechadas. O que procuramos fazer neste momento de quarentena é investir em treinamentos técnicos através das ferramentas virtuais para equipe de vendas. Acreditamos que neste momento onde o isolamento social é fundamental, estamos incentivando nossa equipe a aprofundar o conhecimento técnico e compartilhar com a equipe de vendedores das lojas. Outra ação é que ampliamos o acesso dos lojistas ao nosso conteúdo de produto para que possam assim fomentar a venda via internet.

Funcionários foram demitidos? 

Não, nenhum funcionário foi demitido. Foi adotado um regime de trabalho em home office para as áreas comerciais e técnicos, assim como foi estabelecida uma programação de férias com a maioria dos colaboradores de forma escalonada, de forma a não comprometer o atendimento às obras e entregas nas lojas de varejo.

O estoque de produtos será suficiente para atender aos pedidos quando normalizar a situação? 

Acreditamos que sim, pois não iremos parar totalmente a produção, o que nos dará uma margem de estoque para quando retornar o consumo à normalidade. Mas ainda não dá para saber quando isso acontecerá nem em que ritmo.

Quando acredita na retomada das operações?

Esperamos que no 2º semestre tenhamos o retorno gradativo do mercado e consequentemente das nossas operações também.

E o que o sr. prevê para este ano em termos de desempenho da sua indústria? 

Muito difícil saber. O Governo Federal, em 3 meses, rebaixou a previsão do PIB de 2,5% (janeiro) para -0,4%, em março. Onde e quando isso vai parar? Estamos no momento trabalhando, no mínimo, com uma previsão de queda de 30%.

Estamos considerando três cenários:

1) Contração Grave (> 50%) para os próximos 4 meses com retomada forte na sequência;

2) Contração Grave (>50%) para os próximos 4 meses com retomada gradual;

3) Contração Grave (>50%) para os próximos 4 meses e retomada somente no próximo ano.

A empresa está negociando com entidades governamentais para amenizar os prejuízos neste período de desabastecimento?

Por enquanto estamos trabalhando com os benefícios anunciados pelo governo nos diversos decretos e portarias. Apoiamos neste momento as entidades de classe, que estão fazendo os devidos pleitos em nome das empresas (FIESP, ABRAMAT entre outras).