AMANCO WAVIN CONTRATA REFUGIADOS

INCLUSÃO –  Amanco Wavin firmou parceria com a ACNUR, agência da ONU, para integrar o Fórum Empresas com Refugiados, espaço destinado a companhias interessadas na inclusão de refugiados na sociedade brasileira.

O Projeto Além das Fronteiras, conduzido pela Wavin, uma das maiores fabricantes mundiais de tubos e conexões, é dedicado à contratação e à inclusão de refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade

O projeto, que teve início em fevereiro deste ano, já contratou dez refugiados e imigrantes e planeja a contratação de mais sete profissionais em breve. No momento, três haitianos e sete venezuelanos integram a equipe. “Esse é um projeto-piloto em fase de expansão. Vamos dar oportunidade para mais pessoas que precisam ser incluídas em nossa sociedade. Essa é uma urgência global e precisamos fazer a nossa parte”, comenta Gláucia Faria, Coordenadora de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da Wavin no Brasil.

A experiência tem sido muito positiva e ao mesmo tempo desafiadora. “Estamos aprendendo muito sobre como incluí-los na empresa e conhecer suas culturas, o que é fundamental quando se pensa em contratar refugiados e imigrantes. No início do projeto enfrentamos alguns desafios, o principal foi a dificuldade com o idioma. Por isso buscamos a Missão Paz, que está conosco desde maio ministrando curso de português toda semana para eles”, explica Gláucia.

Diversas empresas trocam suas experiências e ações envolvendo a prática de inclusão de refugiados no mercado de trabalho no Fórum, em uma plataforma online. “Essa troca faz do projeto ainda mais enriquecedor”, completa Gláucia.

Para incluir é necessário derrubar a primeira barreira

Aprender o idioma local é primordial e o primeiro grande desafio para qualquer pessoa que migra de país, por isso a parceria com a Missão Paz, instituição filantrópica que apoia e acolhe refugiados e imigrantes, foi fundamental. A entidade dá cursos de língua portuguesa e oferece muitos outros serviços para a completa inserção desse público na sociedade brasileira.

“Aulas de português são necessárias para que imigrantes e refugiados consigam trabalhar e acessar os serviços básicos de saúde e educação. Oferecemos também capacitação para empregadores abordando diversos pontos que podem interferir na empregabilidade, como documentação, entrevistas, integração no ambiente de trabalho, entre outros”, diz Maria Christina de Magalhães Silvestre, Coordenadora da área de Português da Missão Paz.

Olívia Frizo, professora de português voluntária da Missão Paz, que fica em São Paulo, dá aula aos colaboradores da Wavin. Ela acrescenta que dominar a língua também é fundamental para garantir os direitos desses imigrantes.

“Aprender a se comunicar é essencial para entrar no mercado de trabalho e garantir seus direitos. As aulas on-line foram um desafio logo no começo da pandemia, mas conseguimos superar todas as barreiras e alcançar alunos que precisam disso devido ao isolamento ou por estarem em outros estados do Brasil. É gratificante ver o crescimento desses alunos e enorme o meu prazer em ajudar, com o meu conhecimento, a construção de uma nova vida”, conclui Olívia.