ETERNIT – A Eternit S.A. registrou lucro líquido de R$ 30,6 milhões, aumento de 161,9% frente ao mesmo período de 2024, e EBITDA recorrente de R$ 34,7 milhões, crescimento de 122,2%, segundo relatório apresentado. A companhia também fechou o trimestre com lucro bruto de R$ 72,1 milhões, avanço de 19,8% frente ao 2T24.apresentou o relatório financeiro do 2º trimestre e exercício do ano de 2025.
O resultado foi impulsionado pela melhora operacional da companhia. No período, a Eternit registrou o seu melhor desempenho se comparado aos segundos trimestres de 2024 e de 2023. Um dos destaques foi a retomada do volume de produção e vendas no negócio de fibra de crisotila, além do aumento de 2,9 pontos percentuais na margem, que impactou positivamente o mix de vendas totais, contribuindo para a melhoria da margem bruta média e para o crescimento do EBITDA recorrente.
Outro fator foi a recuperação das margens das telhas de fibrocimento, estimulada pelo realinhamento de preços realizado no final do 1T25. “Apesar do forte volume de vendas que tivemos naquele período, as margens haviam sido pressionadas pelo aumento dos custos de produção. Com os preços reajustados, os efeitos positivos passaram a ser refletidos ao longo do 2T25”, ressalta Rodrigo Inácio, presidente da Eternit.
Carisa Portela, diretora financeira e de RI da companhia, destaca o rigor da companhia na gestão de custos e despesas. “Temos adotado uma postura austera em todas as frentes. A busca contínua por eficiência tem sido um dos pilares da nossa estratégia, e já começamos a observar resultados consistentes, especialmente na redução de despesas administrativas e comerciais. Esses avanços têm contribuído diretamente para a melhoria do nosso EBITDA recorrente”.
Em linha com a busca por otimizações, foram reconhecidos ainda no trimestre créditos tributários de PIS e COFINS, totalizando R$ 21,2 milhões, sendo R$ 7,9 milhões referentes ao principal e R$ 13,3 milhões à atualização monetária, o que contribuiu para a maximização do caixa da companhia.
Telhas de Fibrocimento. O segmento de fibrocimento – que considera, além das telhas, a produção integrada de fibra de polipropileno –, encerrou o trimestre com uma margem bruta de 14,6%, um acréscimo de 2,3 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2024. A recuperação foi motivada pelos reajustes de preços implementados e ações de redução no custo fixo. As vendas totalizaram 144,6 mil toneladas no 2T25, queda de 5,6% comparado com o mesmo período do ano anterior. A queda foi atribuída, principalmente, ao sell out desfavorável nas regiões Sul e Sudeste.
Sistemas Construtivos. Já o segmento de sistemas construtivos, que engloba placas e painéis cimentícios, registrou 6,1 mil toneladas vendidas no 2T25, mantendo-se em linha frente ao mesmo período de 2024. “A companhia segue apostando nesta frente de negócios, mantendo seus investimentos e estratégia de inovação. O mercado de construção industrializada vem crescendo exponencialmente no país. Trata-se de um setor promissor, que oferece inúmeras vantagens à construção civil, como a otimização da mão de obra, a redução do desperdício de materiais e maior agilidade nas obras”, ressalta o presidente.
Exportações. Na operação de mineração e beneficiamento de crisotila, as exportações da fibra somaram 47,2 mil toneladas, representando um crescimento de 15,3% em relação ao 2T24. A elevação no volume de produção resultou da ampliação na disponibilidade de navios para o transporte dos produtos, aliada à maior produção de fibras pela mineração. No 2T25, o Lucro Bruto totalizou R$ 48,5 milhões, avanço de 29,1% contra o 2T24, e a margem bruta das exportações atingiu 44,5%, acréscimo de 2,9 p.p. em comparação ao mesmo período de 2024, impulsionada especialmente pelo volume superior e por um câmbio mais favorável, o que compensou o impacto da depreciação.
ESG. A companhia também lançou o seu Relatório Anual de Sustentabilidade, com informações sobre o desempenho socioambiental, operacional e financeiro do exercício de 2024. A edição destacou avanços importantes na estratégia da companhia, com foco na ampliação da geração de valor do negócio, vinculada à criação de impactos positivos e à mitigação de eventuais riscos.
Simplificação societária. A Eternit anunciou a incorporação da controlada Tégula, dando continuidade ao plano de reorganização societária, iniciado em novembro de 2024, que visa a simplificação e otimização da estrutura e maior eficiência dos processos administrativos.