No artigo anterior, aprofundamos dados do Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2018, para leituras sobre consumidores que, ao reformarem suas residências, também, aproveitaram para decorá-las.
Segundo a pesquisa, que entrevistou 900 consumidores que haviam realizado reformas residenciais de setembro de 2017 a agosto de 2018, 46,3% decoraram a residência, sendo que, dessa amostra, 67,5%, trocaram itens decorativos como tapetes, cortinas, quadros, objetos diversos etc.; 59,3%, trocaram/compraram móveis para os quartos; 53%, trocaram/compraram móveis para a sala; 51,6%, trocaram/compraram móveis para banheiro e/ou lavabo; e, apenas para ficarmos nos cinco principais, 48,9%, trocaram/compraram móveis para copa e/ou cozinha.
Agora, aonde esses móveis foram comprados?
Somente considerando a amostra de quem comprou móveis para quaisquer dos ambientes, o canal de compras preferido foram os Magazines, como, por exemplo: Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Lojas Cem, Insinuante, Colombo, Ricardo Eletro, entre outras lojas similares, utilizados por 62,3%.
Já, o segundo tipo de canal, certamente bastante frequentado nesse período, foram os Home Centers/Lojas Grandes de Materiais de Construção, com 47,9%, e, aparecendo em terceiro lugar, “compra de móveis pela internet em e-commerces”, com 40,3%, apenas para ficamos nos três mais citados.
Bem, vemos que os comércios eletrônicos, em especial dos próprios Magazines, utilizados por 77,9% dessa amostra; e especializados em móveis, por 50,1%; possuem uma penetração significativa nesse perfil de público – consumidores reformando as residências -, com predominância na classe A, com 43,8%, ante 40,3%, do total dessa amostra, como vimos acima.
Mas, nada se compara à penetração dos Home Centers/Lojas Grandes de Materiais de Construção na classe A, com 67,2%, significativamente acima dos 47,9%, do total dessa amostra. Já, os Magazines, tiveram maior penetração nas classes C, com 64,1%, ante 62,3% do total dessa amostra.
Evidentemente, quando um consumidor reforma sua residência, os canais mais utilizados são os especializados em materiais de construção e suas diversas configurações físicas. Porém, não é assim tão evidente, as inúmeras possibilidades que existem para a venda de móveis, nesses mesmos canais, ainda mais para um público de alto poder aquisitivo.
Contudo, se considerarmos a alta penetração dos comércios eletrônicos para as vendas de móveis durante a reforma, e, ainda, a baixa utilização dos comércios eletrônicos de materiais de construção para as vendas desses materiais propriamente ditos, não seria essa uma oportunidade de estimular, cada vez mais, os consumidores a utilizarem e comprarem nos e-commerces de materiais de construção?
Se não para a compra de materiais de construção, para a compra de móveis?
No próximo artigo, elaboraremos uma leitura da atual conjuntura econômica no segmento de materiais de construção.
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