A GRANDE SÃO PAULO E AS TENDÊNCIAS PARA IMÓVEIS RESIDENCIAIS NOVOS

Segundo dados do Governo do Estado de São Paulo, a soma do PIB dos 39 municípios que compõem a Grande São Paulo, equivale a, aproximadamente, 53,3% do PIB estadual, e, 17,7%, do brasileiro.

Logo, devido a sua influência econômica e multiculturalismo, essa região tem o potencial de fornecer dados que podem ser extrapolados para o restante do Brasil, como indicativos de tendências diversas.

Colabora ainda o fato de proliferarem dados econômicos de fontes fidedignas, não encontradas no restante do Brasil, como as vendas e lançamentos de unidades residenciais novas, elaborados pelo Secovi-SP.

Então, qual o desempenho e perfil dos imóveis vendidos e lançados neste ano?


Entender melhor essa questão é importante para o varejo, que se beneficia diretamente do aumento das vendas, com as reformas e melhorias pós-entrega das chaves, e, futuramente, se beneficiará do aumento dos lançamentos. Já, as indústrias de materiais de construção se beneficiam diretamente do aumento dos lançamentos, e, indiretamente, por meio do varejo, das vendas, criando, dessa maneira, um círculo virtuoso no setor.

No acumulado ano julho de 2019 foram vendidas 25.884 mil unidades residenciais novas na região, ante 18.259 mil unidades residenciais novas no mesmo período de 2018, um crescimento de 41,8%.

Também, no acumulado ano julho de 2019, foram lançadas 25.426 mil unidades residenciais novas na região, ante 15.481 mil unidades residenciais novas no mesmo período de 2018, um crescimento de 64,2%.

Porém, deve-se resaltar que a capital – e não os outros 38 municípios –, é a grande responsável por estes ótimos desempenhos, já que, considerando somente a cidade de São Paulo, no mesmo período comparativo, houve crescimento de 62,6% nas vendas, e, 92,8% nos lançamentos, enquanto no agregado das outras cidades da Grande São Paulo, houve queda de 18,2% nas vendas, e, queda de 15,1% nos lançamentos.

De qualquer maneira, é bastante positivo que a diferença entre imóveis vendidos e lançados na Grande São Paulo esteja em apenas 1,8% (25.884 vendidos versus 25.426 lançados, no mesmo período de 2019), demonstrando confiança suficiente das construtoras para a reposição dos estoques e vendas futuras.

E, qual, então, o perfil predominante desses imóveis?

Do total de unidades residenciais novas vendidas no acumulado ano julho de 2019, 69,6% têm dois dormitórios, 56,1% até 45 m² e 49,7% custaram até R$240.000,00.

Perfil esse muito próximo da reposição dos estoques por meio de lançamentos: 66,2% têm dois dormitórios, 53,5% até 45 m² e 50,6% custarão até R$240.000,00.

Embora se possa afirmar que a maior parte dos imóveis de até R$240.000,00 se enquadrem como econômicos, é importante resaltar que o preço não é o único critério para determinar isso, porque sua relação com as áreas dos imóveis compactos e o valor do metro quadrado da área útil, segundo sua região, podem fazer com que não se enquadrem nessa categoria.

Enfim, o mercado imobiliário residencial da capital de São Paulo apresenta tal desempenho, que contamina, positivamente, toda a região, e, esperamos, também, nos próximos meses, o restante do Brasil.

Colabora na materialização dessa esperança o fato que, atualmente, o Índice de Confiança da Construção (ICST), segundo a FGV/IBRE, que monitora, fundamentalmente, as construtoras, está 6,7 pontos acima do mesmo período do ano anterior.

Como confiança em alta antecede consumo e/ou investimentos, a materialização dessa esperança bem que poderia ser chamada de tendência.

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