MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: MÃOS NO TECLADO, PÉS NO CHÃO

Recentemente, fechamos o Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2019, desenvolvendo pesquisas sigilosas e exclusivas para os cogestores e, também, atualizando dados sobre o comportamento dos consumidores de materiais de construção no ambiente digital, que abriremos, em parte, nos próximos artigos.

 

Nesse ano, foram 934 entrevistas com consumidores que haviam realizado obras residenciais no último ano, nas quatro maiores regiões do Brasil, numa média de 3,7 intervenções por respondente, com destaque para obras de pintura, realizadas por 81,3% dos entrevistados, troca de pisos e azulejos, por 72%, e, reforma da parte elétrica, por 60,3%, apenas para ficarmos nos três principais tipos.

 

Mas, mergulhando no comportamento de compra digital, qual o papel das lojas físicas na vida dos e-consumidores de materiais de construção? 

 


Do total de entrevistados, 19,2% disseram ter feito ao menos uma compra de materiais para a obra pela internet, frisando que os respondentes eram estimulados a marcar a utilização do canal independentemente do valor gasto, volume e número de itens, podendo ser apenas uma compra.

 

Esse mesmo critério foi usado nos anos anteriores, e, com isso, vemos uma tendência de crescimento nos e-consumidores de materiais de construção: em 2017, eram 12,1%, e, em 2018, 17,1%.

 

Portanto, notamos que a curva de aprendizado do uso de e-commerces para compra de materiais de construção, mesmo como canal complementar, continua em desenvolvimento.

 

Voltando ao Painel 2019, dos 19,2% de e-consumidores de materiais de construção, 55,1% buscaram apoio numa loja física da mesma bandeira/marca para tirar dúvidas, checar dimensões, encaixes, medidas, cores, texturas etc., antes da compra pela internet. Em 2017, eram 48,6%, e, em 2018, 49,5%. 

 

Já 19,4%, voltando a 2019,  buscaram apoio numa loja física de outra bandeira/marca para tirar dúvidas, checar dimensões, encaixes, medidas, cores, texturas etc., antes da compra pela internet. Em 2017, eram 22,1%, e, em 2018, 22,7%.

 

É perceptível a tendência de valorização da loja física, principalmente da mesma bandeira, para apoio racional e sensorial daquilo que será comprado posteriormente pela internet. No total, 74,5%, em 2019, necessitaram desse apoio (mesma bandeira do e-commerce ou não), ante 72,2%, em 2018, e, 70,7%, em 2017.

 

Ao que tudo indica, diferentemente de tantos outros segmentos do varejo, com o aprendizado do uso da internet para a compra de materiais de construção, as lojas físicas do segmento ganham ainda mais relevância para esse perfil de consumidor.

 

Trata-se de desenvolver uma arquitetura que integre inteligentemente os ambientes físicos e digitais, desconstrua eventuais barreiras, gere fluidez e propicie, em todos os pontos de contato, uma experiência única e gratificante.

 

Em um só movimento, mãos no teclado, pés no chão.

 

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMkt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.