MATERIAL DE CONSTRUÇÃO NO FACEBOOK NÃO É FAKE NEWS

Desde 2014, nas pesquisas realizadas pelo Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, temos investigado quais os principais meios utilizados para pesquisas dos materiais que serão usados nas obras residenciais, no período que antecede o início dessas mesmas obras.

Porém, somente em 2015, começamos a pesquisar também quais seriam as influências das mídias sociais nesse período, momento em que começamos a perceber o impacto causado pelo YouTube, durante as primeiras fases do processo de compra.

Apenas como referência, no Painel de 2016, 13,1% dos consumidores que realizaram grandes obras residenciais, no período de setembro de 2015 a agosto de 2016, disseram terem utilizado o YouTube, para pesquisar os materiais que seriam comprados e usados nessa construção/reforma e/ou ampliação. No Painel de 2017, considerando também 900 consumidores e o período de setembro de 2016 a agosto de 2017, esse número subiu para 16,1%.

No entanto, nem só de YouTube vive o segmento de materiais de construção nas mídias sociais.

Retomando o Painel de 2016, 10,6% também disseram ter consultado o Facebook. Já, no ano seguinte, no Painel de 2017, esse número subiu para 13,1%, ficando no mesmo patamar que o YouTube, no ano anterior.

No entanto, vale a ressalva de que quando se trata de técnicas de “faça você mesmo”, o segmento vive sim, praticamente, de uma só mídia social.

Retomando apenas o ano de 2017, do total da amostra, 69,1% disseram que durante a fase de pesquisas dos materiais, também fizeram pesquisas sobre técnicas de “faça você mesmo”, sendo que, dessa amostra, 77,2% utilizaram, para isso, o YouTube, principal meio disparadamente, enquanto, 27,5%, o fizeram acessando o Facebook, quarto meio mais consultado para esse fim.

Bem, feita essa ressalva e voltando às pesquisas pura e simples dos materiais, o que buscam os consumidores no Facebook?

Considerando, novamente, somente o ano de 2017, ou seja, a amostra de 13,1% que o consultaram, como não poderia deixar de ser, em primeiro lugar, “promoção de preço dos produtos”, com 77,2%; seguido por “dicas, vídeos e fotos de ambientes decorados”, com 66,2%; e “comentários sobre marcas dos produtos”, com 58,4%; apenas para ficarmos nos três itens mais citados.

Em suma, segundo dados do Painel, podemos considerar a prevalência do YouTube, quando exibindo conteúdos direcionados para o mercado da bricolagem, ou mesmo, para demonstrações de utilizações e instalações de determinados produtos, mas, quando falamos de promoções de preços, ambientação/decoração e avaliações de produtos, talvez, haja maior aderência e de maneira complementar do Facebook.

A despeito das últimas notícias desfavoráveis sobre o Facebook e nos restringindo a questões mercadológicas, tudo indica que, mesmo considerando nas entrevistas outras mídias sociais, como Pinterest, a presença das principais marcas é obrigatória, tanto no YouTube, como no Facebook, mas, porém, para otimizar os investimentos, talvez seja recomendável pensar em produções e postagens de conteúdos diversos e complementares, sempre lembrando do mantra para se lidar com os chamados Omniconsumidores: uma integração sinérgica da marca em todos os pontos de contatos físicos e virtuais, no sentido de gerar uma experiência única aos consumidores, tanto no período de pesquisas, como é o caso desse artigo, como no período de concretização das compras e pós venda.

Não é complexo, é simples, quando coerente.

O sistema de inteligência de mercado DataMkt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo também, para sua profissionalização e desenvolvimento.