O NOVO CONSUMIDOR DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

No último dia 20 de setembro, em evento fechado no Secovi, com a participação de executivos de grandes empresas do setor e parceiros estratégicos, o Grupo Revenda apresentou as novas bases do núcleo gerador e consolidador de dados, informações, análises e conhecimento especializado.

Denominado DataMkt Construção, a iniciativa é uma evolução da Plataforma de Inteligência de Mercado, criada em março de 2014.

A partir deste artigo, apresentaremos, nesse novo formato, uma série de informações geradas por dados primários dos estudos exclusivos realizados desde 2014, muitas vezes combinados com dados macroeconômicos.

Bem, para nos situarmos sobre o atual momento vivido, vale frisar novamente que a área de atividade Material de Construção, que engloba atacado e varejo, vivencia, nesse momento, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, sua maior crise desde o início da atual série histórica, em 2005.

Para se ter uma ideia da dimensão desta queda de vendas, considerando os percentuais de desempenho do setor, atingimos no fechamento do primeiro semestre de 2016 um patamar apenas 0,4% acima do volume de vendas do primeiro semestre de 2012.

Obviamente o consumidor que surgirá com a lenta e gradual recuperação econômica, ainda frágil em seus primeiros sinais, não será o mesmo dos últimos tempos, de abundância de recursos públicos e farras fiscais.

E, de certa maneira, no novo estudo apresentado no evento do dia 20 de setembro, já foi possível notar algumas significativas diferenças nos hábitos e atitudes dos consumidores que realizaram grandes reformas residenciais.

No Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2014/2015/2016, a principal motivação para a realização da reforma residencial é “deixar a casa mais bonita e mais nova”, no entanto, essa motivação vem apresentando quedas percentuais em detrimento de razões mais ligadas ao conforto, a funcionalidade e a segurança.

Em 2014, 70,4% dos entrevistados alegaram ter sido essa uma das motivações para realização da reforma; em 2015, esse percentual caiu para 62% e agora, em 2016, chegou a 57,2%.

Já, por exemplo, “oferecer maior conforto para a família”, foi apontada como uma das motivações para realização da reforma por 53,2% dos entrevistados em 2016, ante 46%, dos entrevistados de 2015; e “deixar a casa mais funcional para a família, sem aumentá-la”, foi apontada por 25,4%, ante 21%, em 2015.

O maior salto, em relação ao ano anterior, foi “aumentar a segurança da família”, passando de 7,5%, em 2015, para os atuais 16,1%.

Esse consumidor mais pragmático, que emerge em 2016, já dá sinais claros de alterações comportamentais durante a jornada de compra de materiais de construção, do momento zero, em que a família decidiu realizar a obra, até a escolha dos produtos, serviços e canais.

A partir deste artigo, semanalmente abordaremos estas questões, considerando as evoluções, o momento atual e suas implicações no mercado.

O DataMkt Construção conta com apoio dos parceiros estratégicos Nexial Consultoria de Eficiência em Marketing, Ferraz Pesquisa de Mercado e Best Forecast Marketing e Modelagem.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas e Votorantim Cimentos, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.