PRECIFICAÇÃO PARA E-CONSUMIDORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Recentemente, saíram os dados do IBGE sobre o desempenho do comércio de materiais de construção no primeiro quadrimestre de 2019, comparado com o primeiro quadrimestre de 2018, indicando um crescimento de 3,7%, no volume de vendas (real/nominal deflacionado).

Apenas para efeito comparativo, no primeiro quadrimestre de 2018 comparado com o primeiro quadrimestre de 2017, o crescimento real foi de 6,5%, sendo que o setor fechou o ano de 2018 com crescimento real de 3,5%.

Vemos, então, que tendo como base o desempenho de 2018, projetando-o para o ano de 2019, o setor deverá crescer menos no ano corrente do que no ano anterior. 


Essas livres projeções não levam em consideração possíveis alterações bruscas nas variáveis política nacional e conjuntura econômica – nacional e internacional – que podem, nos próximos meses, maximizar ou minimizar o desempenho da economia em geral e setorialmente.

Porém, diante desse quadro, estabelecer uma política de precificação inteligente torna-se, cada vez mais, fundamental para o aumento da competitividade e resultados financeiros.

E, na sequência dos artigos sobre complementaridade dos canais físicos e digitais no segmento de materiais de construção, ou, o já bastante explorado conceito de Omnichannel, quanto os consumidores estariam dispostos a pagar a mais numa loja física do que o preço visto anteriormente numa loja virtual, considerando o atendimento presencial consultivo, ambiente estimulante e pronta entrega do produto?

Segundo os Painéis Comportamentais do Consumo de Materiais de Construção dos últimos dois anos, que entrevistaram 900 consumidores em cada ano que haviam realizado reformas/obras residenciais nos doze meses anteriores, em 2017, do total de entrevistados, 27,5% disseram que não pagariam um centavo a mais. Em 2018, esse número caiu para 24,4%.

Vemos, portanto, que, no intervalo de um ano a predisposição de não pagar a mais decresceu 11,3%. Também, caiu 7,2%, a predisposição de pagar até 5% a mais.

Mas, qual foi a faixa em que ocorreu, então, crescimento de um ano para o outro?

Em 2017, do total de entrevistados, 28,2% disseram que estariam dispostos a pagar a mais, entre 5% a 10%, já, em 2018, esse número subiu para 32,2%, um crescimento de 14,2%.

Percebemos, que com a expansão e amadurecimento do uso dos meios digitais pelos consumidores de materiais de construção, cresce, também, a predisposição de pagar um pouco a mais nos materiais numa loja física do que o preço visto, anteriormente, em um e-commerce, desde que, essa precificação identifique os produtos mais afeitos a esse comportamento, e, principalmente, o varejo tenha vendedores bem preparados para converter essas vendas.

Afinal de contas, devido ao tempo do frete ou compra errada de um produto pela internet, quanto custaria a mais para os consumidores, alguns dias dos pedreiros parados numa obra?

Provavelmente, mais do que 5 a 10%.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMKt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.