SHOWROOM DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Como constatamos no artigo anterior – segundo os Painéis Comportamentais dos últimos dois anos –, em 2018, da totalidade de consumidores que compraram materiais para as obras residenciais pela internet, 19,9% os retiraram numa loja física de materiais de construção, ante 10,9%, em 2017, um crescimento de 87,7%, de um ano para o outro.

Como temos relatado, por essa e por outras razões, inclusive de ordem sensoriais (visualizar cores, verificar medidas, sentir texturas, testar encaixes, aprofundar informações técnicas etc.), tudo indica que as lojas físicas no setor tendem a ser tornar, cada vez mais, relevantes, paralelamente ao desenvolvimento da curva de aprendizado do uso da internet para compras de materiais de construção.

Mas, se constatamos no segmento a crescente importância da loja física para a retirada de produtos comprados online, teria essa mesma loja, também, um papel importante antes do clique para a finalização da compra?


Segundo o Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2017, que entrevistou 900 consumidores que haviam realizado obras e reformas residenciais, no período de setembro de 2016 a agosto de 2017, 29,3% dos e-consumidores não precisaram de apoio das lojas físicas, antes de realizarem as compras dos materiais de construção pela internet.

Já, no Painel de 2018, que entrevistou outros 900 consumidores, que haviam realizado obras e reformas residenciais no período de setembro de 2017 a agosto de 2018, esse número caiu para 27,8%.

Mas, esses e-consumidores buscaram apoio nas lojas da mesma bandeira do e-commerce ou não?

Em 2017, 48,6% buscaram apoio numa loja física de mesma bandeira/marca do e-commerce para tirar dúvidas, checar dimensões, encaixes, medidas, cores, texturas etc. Em 2018, 49,5%.

Em 2017, 22,1% buscaram apoio numa loja física de outra bandeira/marca do e-commerce para tirar dúvidas, checar dimensões, encaixes, medidas, cores, texturas etc. Em 2018, 22,7%.

Vemos, praticamente, um comportamento linear e sem oscilações bruscas de um ano para o outro, diferentemente do crescimento da retirada de produtos comprados online nas lojas físicas, num modelo clique e retire, ou, pick up store, ou, ainda, se preferirem, shipping to store.

Porém, vale lembrar que, em 2017, da totalidade de consumidores que compraram materiais de construção para a obra, 12,1% utilizaram a internet para a compra de, ao menos, um produto. Em 2018, esse número subiu para 17,1%.

Logo, o comportamento pode ser linear, já o volume de consumidores adeptos do Showrooming, não.

 O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMKt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.