ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES DIALOGA COM GOVERNO

ASSOCIAÇÃO – A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção encaminhou comunicação à SEPEC, Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, solicitando a abertura das lojas de materiais de construção destacando a importância do segmento neste momento de crise,

Waldir Abreu, Superintendente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção fala, com exclusividade, à revista Revenda Construção:

Como o setor está sendo impactado?

Uma paralização destas tem impacto enorme sobre qualquer comércio, especialmente o material de construção cuja continuidade da reforma ou início de obra pode ser paralisada ou retardada pelo consumidor.

Mesmo com diversos argumentos da importância de manter lojas de material de construção funcionando, mesmo que implementados atendimentos diferenciados para evitar acúmulo de pessoas ou atendimento via telefone ou internet que evitam a visita à loja, governos estaduais e municipais tomaram decisão via decretos de paralisar todo o comércio. O fato de solicitarem que a população fique em casa através da imprensa e todos os meios de comunicação, alarmando todos para os riscos de contaminação e proliferação do vírus, afastou todos de comércio que não são considerados essenciais para sobrevivência, isto é, supermercados, padarias, farmácias e postos de combustíveis.

Há movimento para que as revendas de materiais de construção recebam incentivos por parte do governo por conta da paralisação?

Muitos movimentos temos feito para isso. Temos sinais positivos do Ministro da Economia nesse sentido e algumas já em andamento, como por exemplo, prorrogar vencimento de impostos e flexibilizar relações de trabalho para evitar demissões. Entretanto são medidas que não resolverão a situação se tivermos uma paralização de meses conforme tem se comentado. Estamos dia a dia atuando com diversos interlocutores do governo para encontrarmos uma forma de flexibilizar essa paralização que da forma que está é impossível aguentar, especialmente para os pequenos e médios comércios que é o grande número de nosso setor.

É possível quantificar quantas lojas e trabalhadores estão parados?

Não é possível estimar, porque como falei, há estados que permitiram lojas abertas e outros que definiram pelo fechamento total do comércio considerado não essencial.

Acredita que o governo vai liberar a abertura de lojas de materiais de construção?

Sim acredito e isso não irá demorar. Entretanto o que fará o movimento de negócios retornar é a comunicação para que as pessoas continuam com o ritmo normal de suas vidas, tomando os cuidados necessários com o fato de termos uma situação de pandemia pelo COVID 19.  Temos enfatizado que recomendação ás faixas etárias de risco é importante, mas não esse alarde geral que faz com que todos fiquem paralisados .

 

Como está a interlocução da Associação com o governo federal?

A Associação tem linha direta com o Secretário Especial da Economia Carlos Alexandre da Costa e com outros importantes ministros que interagem com o setor de construção civil, como por exemplo, o Ministro Tarcísio da Infraestrutura e com o próprio Paulo Guedes Ministro da Economia. Através da nossa união com as entidades representativas da indústria e com a CBIC temos total interlocução com o governo federal.

 

Veja, na integra, a solicitação:

 

À

SEPEC – Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade

Esplanada dos Ministérios, bloco 3, CEP 70.053-900, Brasília – DF

 

Atenção:

Sr. Carlos Alexandre da Costa – Secretário Especial

 

Ref: Proposta de Medidas Emergencais anticíclicas em reposta à crise atual

 

Estimado Secretário,

 

A ANAMACO – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção vem respeitosamente manifestar seu apoio à correspondência nº Abr/2003012 encaminhada pela entidade ABRAMAT – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, por considerar que as ponderações e sugestões são relevantes para a saúde financeira das empresas, seus acionistas, empregados, fornecedores e parceiros prestadores de serviços, bem como para o atendimento da população circunvizinha às mais de 140 mil lojas de materiais de construção que permeiam a nação Brasileira.

O comércio, pela sua característica de loja de bairro, está presente em todos os municípios e pela evolução do seu sortimento de produtos para atendimento das necessidades básicas do consumidor, agrega muitos itens relevantes para o asseio e limpeza, bem como conforto no lar.

Compreendemos os cuidados que devemos todos tomar com relação à aglomeração de pessoas em ambientes fechados, especialmente no quadro atual de pandemia da Covid-19 e, somos passivos ao atendimento das determinações municipais, estaduais e federal às providencias legais que forem determinadas.

Ressaltamos apenas que muito podemos contribuir com o atendimento de necessidades básicas, conforme muitas manifestações de empresas varejistas de atuação nacioal e redes de varejo estaduais vem se pocionando na imprensa e nos demais meios de comunicação.

Assim como os supermecados, as lojas de materiais de construção têm presença fundamental na vida diária da população e, a sugestão da entidade às autoridades do país, é de considerer estes estabelecimentos comerciais como essenciais podendo permanecer abertos durante o período de prrevenção à Covid-19 (Coronavirus).

Em que pese todos os cuidados e experiências demonstradas pela população em diversos países afetados, novos comportamentos e atitudes sendo adotados para evitar o avanço da Covid-19 (Coronavírus) no Brasil, a ANAMACO – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção avalia que as lojas de materiais de construção em todo o país têm ofertado itens importantes e de primeira necessidade aos consumidores.

As lojas de materiais de construção, independentemente de seu porte, também vendem itens que auxiliam, por exemplo, os consumidores na higienização das casas, evitando contaminações, algo de suma importância na prevenção e combate à expansão da Covid-19. Países como a França e Estados Unidos já reconheceram a importância deste segmento e os liberaram para permanecerem abertos durante a quarentena imposto à população daqueles países que possuem filhos pequenos e não tem com quem deixá-los, remanejamento nos horários de picos, estão entre as recomendações elencadas pela nossa entidade a todos os associados.

Sob o aspecto econômico, a entidade se obriga a ressaltar que 70% destes estabelecimentos instalados em todo o país são de médio e pequeno portes e que se for decretado o fechamento destas lojas, fatalmente os comerciantes não terão como levar o negócio adiante e o impacto desta paralisação, exigirá além das medidass já anunciadas pelo governo federal, que apoio maior seja dedicado à sua existência e permita continuar a gerar emprego e renda aos mais de 1 milhão de empregados no comércio. Vale também ressaltar que as 140 mil lojas em todo o país, que representa o setor de varejo de material de construção é parte integrante do complex denominado de ConstruBusiness, que representa uma fatia encorpada do PIB brrasileiro, cuja cadeia significa 9,1% deste.

Por fim, sabendo o quanto a prevenção da saúde e do bem-estar da população é fundamental neste momento, precisamos ser criativos para ao menos minimizar os efeitos devastadores que este vírus provocará na economia nacional.

Cordialmente,

Geraldo Defalco

Presidente do Conselho Deliberativo e Diretor

Presidencia@anamaco.com.br

 

Waldir R. de Abreu

Superintendente

superintendencia@anamaco.com.br