VENDAS DE CIMENTO TÊM ALTA EM MAIO

CIMENTO – Em maio, as vendas de cimento voltaram a crescer no Brasil, indicando uma recuperação após recuo em abril. Foram comercializadas 5,7 milhões de toneladas, uma alta de 6,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano o crescimento foi de 4,6 %.
Já o volume de vendas de cimento por dia útil registrou 244,1 mil toneladas, um aumento de 3,1% em comparação ao mês de abril e alta de 4,2 % ante o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano (jan-maio), em dias úteis, o desempenho registra uma evolução de 6,0%.No ano em que Brasil será o centro das atenções na agenda ambiental ao sediar 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a indústria brasileira de cimento está à frente dos debates do Plano Clima, que será apresentado na COP 30 como uma das referências globais pela baixa emissão em seu processo produtivo.

EXPOCIMENTO
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) estão organizando o 9º Congresso Brasileiro de Cimento e a primeira edição da Expocimento, que serão realizados de 30 de junho a 2 de julho no WTC, em São Paulo.  
No segundo dia do evento, as principais autoridades, lideranças e especialistas nacionais e internacionais estarão reunidos para debater as expectativas, tendências e posicionamentos da COP30, os instrumentos de descarbonização industrial dentro da Estratégia Climática Brasileira as principais iniciativas da indústria.
Participarão dos debates, os principais nomes da política climática em desenvolvimento pelo governo federal, como o Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg, o Secretário Nacional de Mudança do Clima (MMA), Aloisio Melo.
As perspectivas da indústria do cimento para alcançar a neutralidade climática serão apresentada pela maior autoridade do assunto, o presidente da Global Cement and Concrete Association (GCCA), Thomas Guillot. “A indústria brasileira do cimento é referência nessa agenda, fruto de investimentos, majoritariamente ao longo das últimas duas décadas, em matérias-primas (adições) e combustíveis alternativos (coprocessamento), bem como na melhoria da sua eficiência energética. O setor está trabalhando junto ao governo na elaboração de metas setoriais contemplando tanto a descarbonização industrial quanto o crescimento econômico do setor para atender a demanda de infraestrutura e habitação, essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do país”, afirma o presidente da ABCP/SNIC, Paulo Camillo Penna.
Coprocessamento

Ainda no segundo dia do evento, a tecnologia de coprocessamento como solução sustentável na gestão de resíduos urbanos será tema de mesas redondas no 9º CBCi –, com a a participação do VP de Economia Circular do Grupo Orizon, João Audi e de Pedro Coelho Teixeira Cavalcanti, Auditor de Controle Externo do TCE-PE. 
A tecnologia transforma resíduos sólidos urbanos e industriais e passivos ambientais em energia térmica. Neste processo, o resíduo substitui parte do combustível que alimenta a chama do forno – que transforma argila e calcário em clínquer (matéria-prima do cimento).
Dados do relatório “Panorama do Coprocessamento 2024″, publicado pela Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, mostram que a cadeia cimenteira brasileira coprocessou cerca de 3,25 milhões de toneladas de resíduos em 2023, a maior marca da série histórica. Segundo o documento, nesse mesmo ano a tecnologia evitou a emissão de aproximadamente 3,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera em relação aos métodos mais tradicionais de produção, que envolvem o uso do coque de petróleo como combustível.