CINCO ANOS DE OBRAS RESIDENCIAIS

Nesse ano, completamos o quinto ano consecutivo do Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, iniciado em 2014, quando a presidente era Dilma Rousseff, representando um governo de esquerda e acuada com a iminente crise econômica engendrada nos anos em que seu partido esteve no poder.

Nesse momento, fechamos o Painel de 2018, com o recém-eleito presidente Jair Bolsonaro, representando um governo de direita e com o imenso desafio de compor uma equipe ministerial, bancadas de deputados federais e senadores, para tomar as medidas estruturais necessárias para que o país supere, contundentemente, essa mesma crise.

Nesse balanço da esquerda para a direita, segundo o IBGE, o PIB do país encolheu 5,3%, o número de pessoas ocupadas no segmento Construção decresceu em 1,316 milhão de trabalhadores, e o comércio de materiais de construção encolheu 9%.

Ainda, no balanço desses cinco anos de Painel, considerando o total de 4.086 diferentes entrevistados, que haviam realizado grandes reformas residenciais, qual foi o perfil dessas obras, da pré-crise a atual inconsistente recuperação econômica?

Pintura! Esse é o nome do tipo de intervenção mais realizada, por 84,7% do total de entrevistados nesses cinco anos, seguida por troca de pisos e azulejos, por 65,%, e, apenas para ficarmos nos três principais, reformas/obras elétricas, por 56,2%.

A metragem média desses cinco anos foi de 74,4 metros quadrados, e os cômodos mais reformados foram os quartos, por 66,8%, seguidos dos banheiros/lavabos, por 60,1%, e, novamente, considerando apenas os três principais, as salas, por 58,4%.

A principal motivação para realização dessas obras foi deixar a casa mais bonita e mais nova, para 58,7% dos entrevistados, seguido por oferecer mais conforto para a família, para 53%, e, resolver problemas, como infiltrações, rachaduras nas paredes, azulejos e pisos soltos ou trincados, problemas elétricos, hidráulicos etc., para 39,6%.


Deve-se frisar que essa foi uma constante nas pesquisas em todos os anos: aproximadamente 40% dos entrevistados que fizeram grandes reformas residenciais tinham problemas nas residências.  O que significa, porém, que, aproximadamente, outros 60% dos consumidores não realizaram essas obras para resolver problemas, mas sim, por outras razões subjetivas.

Decidida, então a obra, a maior parte, ou 57,6% dos entrevistados nesses cinco anos, levaram até três meses pesquisando informações, comparando características e preços, antes de iniciar a reforma, sendo que a média do total da amostra foi de 3,9 meses.

Nesse período de pesquisas e comparações, as lojas físicas foram imbatíveis, utilizadas por 60,9% dos entrevistados, seguidas pelos sites dos fabricantes, por 36,5% e, novamente, apenas para ficarmos nos três principais, mídias sociais, por 31,1%.

Porém, se considerarmos apenas os dados mais recentes, relativos ao Painel Comportamental de 2018, finalizado em setembro passado, houve uma alteração nos meios mais consultados: as lojas físicas continuam imbatíveis, porém, as mídias sociais, seguidas pelos e-commerces de materiais de construção, ultrapassaram os sites dos fabricantes.

E, esse movimento, detectado pela primeira vez no Painel, não é de esquerda, nem de direita.

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