ATALHOS E CURVAS DOS E-COMMERCES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

No artigo passado comparamos os perfis dos consumidores que consultaram as mídias sociais e as lojas físicas de materiais de construção no período anterior ao início efetivo da obra, para buscas de informações e comparações dos produtos que seriam usados nessas mesmas obras.

E, embora a curva de aprendizado de utilização para compras dos e-commerces de materiais de construção ainda esteja num patamar menos evoluído, do que em relação aos e-commerces em outros segmentos, o meio já se tornou o segundo canal mais consultado no período de pesquisas e comparações anterior ao início efetivo da obra.

Mas, comparativamente, qual o perfil de quem apenas os consulta, e qual o perfil de quem já fez algum tipo de compra neles? 


Retomando como base os 900 consumidores que realizaram obras/reformas residenciais no período de setembro de 2017 a agosto de 2018, segundo o Painel 2018, os e-commerces de materiais de construção foram consultados por 29,4% dos consumidores, durante o período de planejamento da obra/reforma.

Desses entrevistados, temos uma maior incidência na faixa etária de 20 a 29 anos, com 33,7%; classe A, com 35,7%, e, na região Sudeste, com 34,5%.

Por outro lado, temos uma menor incidência na faixa acima de 50 anos ou mais, com 20,7%; classe C, com 28,2%, e, na região Centro-Oeste, com 16,8%.

Já, ao chegar ao momento das compras dos materiais de construção, 17,1% compraram, ao menos, um item para a obra/reforma pela internet (mensuramos somente a utilização do canal, e não o valor gasto ou número de itens comprados), considerando, tanto os e-commerces de materiais de construção, como outros tipos de e-commerces.

Desses entrevistados, temos uma maior incidência na faixa etária de 40 a 49 anos, com 20,6%; classe A, com 28,5%, e, na região Sudeste, com 22%.

Por outro lado, temos uma menor incidência na faixa acima de 50 anos ou mais, com 10%; classe C, com 13,2%, e, na região Nordeste, com 9,9%.

Somente por esses dados, podemos concluir que há um alinhamento em relação ao poder aquisitivo e regiões geográficas, proporcionalmente, entre pesquisas e consultas ao meio e conversão: maior incidência na classe A e na região Sudeste.

Porém, embora os consumidores mais jovens, também, proporcionalmente, consultem mais os e-commerces, a conversão tem se dado, com maior incidência, numa faixa etária mais experiente.

Enfim, temos assim, uma radiografia do perfil momentâneo da curva de aprendizado do meio, essencial, como atalho, para o planejamento de sua evolução.

Nos próximos artigos aprofundaremos de que maneira essas compras foram realizadas e entregues.

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