Nos artigos anteriores, apresentamos dados do Estudo Oportunidades Estratégicas para Desenvolvimento de Novos Mercados, em que 84,3% dos entrevistados que fizeram uma reforma residencial alegaram que a obra não havia sido finalizada e que seria retomada no futuro.

Dessa amostra, 61% consideravam que havia detalhes e complementos a serem feitos e, 39% alegaram que havia muito mais coisas a fazer. Em ambas as situações, os quartos foram os ambientes mais citados nos quais seriam realizadas melhorias e reformas, quando da retomada da obra.

Aproveitamos, também, para perguntar o que mais eles gostariam de fazer após a realização do que estava planejado, considerando a melhoria da situação econômica do país e da confiança em relação ao futuro.

Em primeiro lugar apareceu algo que nada tem haver com nosso mercado.

Para 49,5% desta mesma amostra, após a realização das obras que estavam previstas, de maneira aspiracional, apareceu “compraria novos eletrodomésticos, como TV, geladeira, fogão, máquina de lavar roupa, equipamento de som, computador etc.”; seguido por “decoraria os ambientes da residência”, para 40,5%, e apenas para ficarmos nos três mais citados, “faria obras na parte externa, como quintal, jardim, varanda etc.”, para 39,1%.

O mais interessante é que nesse mesmo estudo, cujo campo foi realizado em maio/junho de 2016, 88,9% da totalidade dos 900 respondentes, disseram que com a crise econômica estavam passando mais tempo em suas casas convivendo com familiares e amigos.

Dados mais recentes da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE corroboram essa visão, sendo que o agregado especial Atividades Turísticas apresentou uma queda no volume de vendas de 7,2% e o subsegmento Serviços de Alojamento e Alimentação, apresentou uma queda no volume de vendas de 3,8%, no comparativo primeiro trimestre de 2017 com primeiro trimestre de 2016.

Ambos vêm de dois anos consecutivos de quedas: Atividades Turísticas, -2,1%, no comparativo ano de 2015 com ano de 2014 e -2,6%, no comparativo ano de 2016 com ano de 2015 e Serviços de Alojamento e Alimentação, -5,5%, no comparativo ano de 2015 com ano de 2014 e -4,6%, no comparativo ano de 2016 com ano de 2015.

Talvez o desejo de decorar o lar e reformar as áreas externas, como quintal, jardim, varanda etc., tornando-as mais agradáveis para a convivência com familiares e amigos, seja uma maneira, após a realização das obras previstas e necessárias, de melhorar o ânimo das famílias que estão viajando e se alimentando menos fora de casa.

Conceitualmente, pensar em itens decorativos e produtos para áreas externas residenciais que proporcionem uma estada mais prazerosa pode ser uma boa maneira de atender esse anseio e ainda, de quebra, contribuir para a retomada da confiança dos consumidores.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.