LOJAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PARA TODOS OS GOSTOS

Segundo os dados mais recentes do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, o comércio de material de construção (varejo e atacado) apresentou crescimento real de 3,5%, no comparativo primeiro trimestre de 2019 com primeiro trimestre de 2018.

Apenas para efeito de projeções e estimativas, no comparativo primeiro trimestre de 2018 com primeiro trimestre de 2017, crescemos 3,7%, encerrando o ano com crescimento real de 3,5%, sobre o ano de 2017.

Mantidas as atuais condições políticas e econômicas, e, também, devido ao fortalecimento das bases comparativas, é plausível que o crescimento do ano vigente seja inferior ao crescimento do ano de 2018.

E, se no artigo anterior analisamos o perfil dos consumidores que buscam informações sobre materiais de construção nas mídias sociais, agora, para análise comparativa, qual é esse perfil quando falamos de lojas físicas de materiais de construção?


No artigo Materiais Sociais, vimos que 37,8% do total de entrevistados consultaram, ao menos, uma mídia social nesse período, com maiores incidências na faixa etária de 20 a 29 anos, com 48,3%; classe A, com 52,1%, e, na região Sul, com 42,9%.

Também recorrendo ao Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2018, que entrevistou 900 consumidores que realizaram obras/reformas residenciais, entre os meses de setembro de 2017 e agosto de 2018,  sabemos que 67,7% do total de entrevistados visitaram lojas físicas de materiais de construção, para buscar informações e comparar produtos, antes do início efetivo dessas mesmas obras/reformas.

Desses entrevistados, diferentemente das mídias sociais, houve maior equilíbrio nas incidências nas faixas etárias: 20 a 29 anos, com 67,1%; 30 a 39 anos, com 66,6%; 40 a 49 anos, com 68,1%, e, por fim, com destaque, 50 anos mais, com 73,3%. Também houve maior equilíbrio, sem destaque, nas classes sociais: classe A, com 69,7%; classe B, com 65,5%, e, por fim, classe C, com 68,7%.

Já, regionalmente, ocorreram diferenças mais significativas: 64,1%, na região Sudeste; 69,9%, na região Sul; 74,5%, na região Nordeste, e, por fim, 75,7%, na região Centro-Oeste. Vemos, nesse caso, que apenas na região Sudeste as lojas físicas perdem, ainda que de maneira discreta, relevância em relação ao Brasil.

No entanto, o ponto é que há uma tendência de distribuição mais igualitária por faixas etárias e classes sociais, diferentemente das mídias sociais, com significativos destaques entre os mais jovens e consumidores de maior poder aquisitivo.

Ao que tudo indica, as lojas físicas continuam e continuarão sendo relevantes no segmento, não só para compras – o faturamento das vendas online de materiais de construção ainda é irrisório em relação ao sell out do setor – mas, também, como centro de  informações e comparações dos produtos que serão utilizados, posteriormente, na obra/reforma.

E, pelo perfil predominante do público que mais se informa nas mídias sociais, terão de seguir se reinventando e aprimorando hoje, para atender os consumidores mais bem informados e exigentes, e, para o amanhã, para atender consumidores que amadurecerão tendo-as, ainda, como ponto de referência.

No próximo artigo avaliaremos o perfil dos compradores dos e-commerces de materiais de construção.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMKt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.