MATERIAIS SOCIAIS

No artigo anterior, analisamos o perfil dos consumidores que compraram materiais de construção pela internet, aproveitando o gancho da divulgação do 39° Relatório WebShoppers, que posicionou  o segmento Casa & Decoração como o terceiro maior em número de pedidos e volume de faturamento nas compras online de bens de consumo.

Agora, dando um passo atrás, vamos retomar o aprofundamento das buscas de informações e comparações de materiais de construção, que antecederam o início efetivo das compras para as obras residenciais.


Iniciamos esse percurso no artigo Lojas de Materiais de Construção: o Inicio, o Fim e o Meio de Pesquisa, no qual vimos que, na média, os 900 entrevistados do Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2018, levaram 3,7 meses, entre a decisão da realização e o inicio da obra/reforma.

Nesse tempo, as Lojas Físicas de Materiais de Construção foram imbatíveis, utilizadas por 67,7% dos consumidores, seguidas pelos e-commerces de materiais de construção, por 29,4%; os sites dos fabricantes, por 28,5%; os tabloides de ofertas de materiais de construção, por 21,4%, e, apenas para ficarmos nos cinco primeiros meios, o YouTube, por 20,7%.

Mas, além do YouTube, quais as outras mídias sociais acessadas para a busca de informações de materiais para as obras/reformas?

O Facebook surge como a segunda mais utilizada, por 14,9% dos entrevistados, seguido pelo Pinterest, por 14,2%, e, por fim, pelo Instagram, por 9,2%. Outras mídias sociais não identificadas na pesquisa foram acessadas por 5,8% dos entrevistados.

Ao juntarmos os entrevistados que as acessaram e eliminarmos sobreposições, podemos afirmar que 37,8% do total da amostra consultou, ao menos, uma mídia social nesse período, para pesquisas e comparações de materiais de construção.

Desses entrevistados, temos uma maior incidência na faixa etária de 20 a 29 anos, com 48,3%; classe A, com 52,1%, e, na região Sul, com 42,9%.

Por outro lado, temos uma menor incidência na faixa acima de 50 anos ou mais, com 23,4%; classe C, com 33,2%, e, na região Centro-Oeste, com 21,3%.

A maioria do total de entrevistados que acessou ao menos uma das mídias sociais já citadas, ou, 74,8%, disse que tinha maior interesse em promoções de preços; seguida por dicas, vídeos e fotos de ambientes decorados, para 61,3%; dicas, vídeos e fotos sobre como utilizar produtos (faça você mesmo), para 56,4%; comentários sobre as marcas de produtos, para 52,3%, e, apenas para ficarmos nos cinco principais itens, reclamações e elogios de outros clientes sobre produtos e lojas, para 46,7%.

Como vemos, preço competitivo é commodity, independentemente do meio: mídia social ou tabloide de oferta.

Talvez, o maior desafio seja oferecer muito mais do que isso, numa linguagem adequada e sedutora para cada meio ou em ambientação, novas tecnologias e atendimento diferenciado nas lojas físicas, envolvendo os clientes e, sempre que possível, saindo da vala comum preço baixo.

Enfim, evitar que os novos meios acabem em velhos hábitos.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMKt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.