LOJAS DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO: O INÍCIO, O FIM E O MEIO DE PESQUISAS

Dando sequência aos artigos sobre a jornada de compra dos consumidores de materiais de construção, quando realizando obras/reformas residenciais, investigaremos o período de tempo que levou entre a decisão da realização da obra e seu início efetivo, e quais os principais meios utilizados para buscas de informações e comparações de produtos, nesse mesmo período.

Segundo o Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2018, que entrevistou 900 consumidores que haviam reformado suas residências, entre setembro de 2017 e agosto de 2018, 61% levaram até três meses para iniciarem a obra; 19,7%, de três a seis meses; 11,8%, de seis a um ano, e, 7,5%, aguardaram mais de um ano para começar a realizar o sonho de um lar novo e mais bonito.

Vamos, então, aprofundar esses dados.


Com base no Painel de 2018, podemos afirmar que, em média, o tempo que leva entre a decisão da realização da obra e seu início é de 3,7 meses.

Durante esse significativo período de planejamento da obra residencial, antes de iniciá-la, esses consumidores utilizaram diversos meios para pesquisar e comparar informações dos materiais de construção que seriam utilizados, sendo que, as Lojas Físicas de Materiais de Construção foram, disparadamente, o principal meio de consulta, com 67,7%.

Em seguida vieram os e-commerces de materiais de construção, com 29,4%; os sites dos fabricantes, com 28,5%; os tabloides de ofertas de materiais de construção, com 21,4%, e, empatado tecnicamente, um meio simbólico da nova economia: o YouTube, com 20,7%, apenas para ficarmos nos cinco principais.

Mas, e por classes sociais?

As Lojas Físicas se distribuem quase igualitariamente, já que, se no total da amostra, 67,7% a consultaram, antes mesmo de propriamente iniciar as compras, na classe A esse percentual ficou em 69,7%; na classe B, em 65,5%, e, na classe C, em 68,7%.

Já, os meios digitais, como, e-commmerces de materiais de construção, sites das empresas e YouTube, se destacam, nitidamente, nas classes A e B.

No próximo artigo aprofundaremos, justamente, essa questão, no entanto, é possível concluir que as lojas físicas no segmento de materiais de construção assumem um protagonismo do princípio ao fim, como ponto de experiências sensoriais – verificar encaixes, sentir texturas, checar cores, experimentar produtos etc. –, e de apoio, para orientações técnicas de prestativos vendedores e balconistas, principalmente.

Não se trata, portanto, do ambiente digital canibalizando e roubando consumidores do mundo físico, mas sim, informado e apoiando-os, fazendo com que esses mesmos consumidores cheguem às tradicionais lojas cada vez mais bem informados e críticos.

Em suma, no auge das transformações digitais no varejo, no segmento de materiais de construção, talvez, caiba embarcar o máximo de tecnologia no ponto de venda para atender e compreender esse fluxo de novos consumidores, mas sem esquecer do básico: gente.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado DataMKt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em entender os novos tempos e contribuir para o crescimento e profissionalização do segmento.