QUER PEGAR COMO?

Acompanhando a jornada de compra dos e-consumidores de materiais de construção, vimos, no artigo anterior, que 17,1% dos entrevistados utilizaram a internet para efetuar, ao menos, um tipo de compra de materiais durante suas obras residenciais, e, de que maneira essas compras foram realizadas: por computadores de mesa/laptops e/ou plataformas móveis.

Porém, considerando, muitas vezes, a urgência, dimensão, peso e especificidades técnicas dos materiais de construção que são comprados online, não seria de se esperar que com a evolução das compras pela internet no setor, também, consequentemente, deveriam se abrir novas possibilidades de recebimento dessas mercadorias?


Segundo os Painéis Comportamentais de 2017/2018, que entrevistaram, em média, 900 consumidores que haviam realizado grandes obras residenciais no último ano, do total de entrevistados que fizeram compras de materiais de construção pela internet, no Painel de 2017, 64,8% receberam essas compras em suas residências, número superior ao Painel de 2018, de 61,6%.

Por outro lado, em 2017, 10,6% retiraram todas as compras numa loja física de materiais de construção, enquanto, em 2018, esse número subiu para 19,9%. Em 2017, 24,5% mesclaram as duas maneiras, e, em 2018, 18,4%.

Em outras palavras, de um ano para o outro, houve um crescimento de 87,7%, no número de consumidores que optaram por retirarem compras realizadas online no offline, num comportamento, também, denominado pick up in store ou shipping to store.

Como vimos, no início desse artigo, em 2018, 17,1% dos entrevistados realizaram, ao menos, um tipo de compra de materiais de construção pela internet, ante 12,1%, em 2017, sendo, portanto, possível que, com a evolução da curva de aprendizado desses e-consumidores o nível de especificidade e complexibilidade dos materiais comprados também evolua, e, como tal, exija, cada vez mais, apoio da loja física, não apenas para retirada dos produtos, sem frete e de maneira mais rápida, mas, também, como ponto para orientações técnicas.

E, se esse ponto de retirada estiver situado num local estratégico de uma loja adequadamente ambientada, e o atendimento fluir de maneira simpática e consultiva, não seriam grandes as chances desses consumidores comprarem outros itens ou serviços de instalações?

Ao que tudo indica, devido às especificidades do segmento de materiais de construção, quanto mais os e-commerces evoluírem, maior será a relevância das lojas físicas.

Morram de inveja, outros segmentos!

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