SITES DOS FABRICANTES E CONVERSÃO DE VENDAS

No artigo anterior, vimos a importância das lojas físicas durante a fase de pesquisas e comparações dos materiais que seriam comprados para a obra residencial. E, como prometemos na finalização desse artigo, começaremos, a partir de agora, a adentrar no mundo digital de materiais de construção.

Segundo o Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2014/2015/2016, o segundo meio mais consultado durante a fase anterior à realização de um grande reforma residencial são os sites das empresas fabricantes.

Interessante notar que, embora, como já vimos, as lojas físicas de materiais de construção sejam o canal mais importante nessa fase, apresentaram, diferentemente dos sites das empresas, tendência de queda, passando de 77,9%, em 2015, para 72,1%, em 2016.

Já os sites dos fornecedores, em 2015, foram apontados por 33,3% do total da amostra de entrevistados, como um dos meios utilizados na fase de pesquisas e comparações, passando, em 2016, para 38,9%.

Ou seja, enquanto as lojas físicas caíram 7,4%, considerando o comparativo 2016 com 2015, os sites dos fabricantes cresceram 16,8%.

Esta é uma informação relevante para as indústrias do segmento, que, segundo a Abramat – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção –, passam por uma sequência de resultados negativos, devendo fechar o ano com uma retração próxima a 10%, sobre outra queda, no comparativo 2015 com 2014, de 12,6%.

Considerando apenas os resultados parciais deste ano, comparando o faturamento deflacionado das vendas no acumulado ano janeiro a outubro de 2016 com janeiro a outubro de 2015, as indústrias dos materiais de base tiveram uma queda de 13,7%, as indústrias de materiais de acabamento tiveram uma queda de 9,7%, resultando, assim, num resultado geral negativo de 12,1%.

E já que os sites dessas mesmas indústrias cresceram em relação às buscas de informações sobre os produtos que serão comprados, nada mais adequado do que torná-los amigáveis a esses consumidores, evitando pontos de atrito e facilitando a conversão.

Então, afinal, o que querem esses consumidores desses sites?

Em primeiro lugar, citado por 52,5% dos entrevistados que haviam realizado uma grande reforma residencial, apareceu “fotos detalhadas de produtos”, seguido por “informações sobre lojas físicas mais próximas para comprar o produto”, para 48,4%; “opiniões e comentários de outros consumidores”, para 47,9%; “dicas de utilização dos produtos”, para 45,1% e, apenas para ficarmos nos cinco principais temas de 2016, “aprofundar informações técnicas e descrições dos produtos”, para 43,9%.

Desses cinco itens, as alterações mais relevantes em relação a 2015, foram: “aprofundar informações técnicas e descrições dos produtos”, que cresceu 14,6%, e “informações sobre lojas físicas mais próximas para comprar o produto”, que cresceu 11%.

A julgar apenas por esses dados e leituras, os sites dos fornecedores de materiais de construção devem, além de cumprir suas funções básicas em termos de informações técnicas, integrarem cada vez mais esse ponto de contato com os consumidores finais com as lojas de materiais de construção, facilitando, assim, a conversão de vendas.

No próximo artigo aprofundaremos outro importante meio de consulta: os e-commerces de materiais de construção.

Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2014/2015/2016 poderá ser adquirido para entrega e discussões in company.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas e Votorantim Cimentos, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.