AMANCO WAVIN – A revista Revenda Construção está ouvindo os fabricantes, lojistas e atacadistas de materiais de construção para saber como estão enfrentando o atual momento provocado pelo novo Coronavírus. Confira o posicionamento da Amanco Wavin:
Adriano Andrade, diretor comercial da Wavin do Brasil informa que a operação de forma geral segue normalmente, com exceção de quatro plantas (duas de Joinville, uma de Anápolis e a de Sumaré, localizadas em regiões com maior incidência da pandemia), nas quais chegam a operar alguns dias de forma parcial, a fim de garantir o abastecimento de produtos para setores essenciais como obras em hospitais e tratamento de água e esgoto. ”Destacamos que o bem-estar e segurança dos nossos parceiros e colaboradores são a nossa maior preocupação nesse momento. Por isso, colaboradores que fazem parte de alguns grupos de risco, como grávidas e idosos com mais de 60 anos, estão em suas casas e continuam recebendo o salário normalmente. Estamos seguindo os mais rigorosos padrões de segurança estipulados pelo Ministério da Saúde e órgãos mundiais para preservar a saúde da nossa equipe e de suas famílias.”
A Amanco Wavin está ajustando suas maneiras de operação com
atendimento ao mercado via telefone, com os vendedores trabalhando 100% de suas casas, mas mantendo a rota virtual e ajudando na divulgação das notícias positivas ao varejistas, afim de colaborar.
“Também estamos usando a força dos nossos distribuidores que possuem agilidade no atendimento e estoque disponível e se mantem funcionando neste momento, com atendimento por telefone mas entrega rápida”, esclarece, complementando que a empresa está mais preocupada em garantir a segurança e a saúde dos seus colaboradores e manter a produção de itens essenciais.
Projetando a retomada das operações normais em breve, Adriano explica: “Nosso estoque será suficiente para atender aos pedidos até a normalização das operações no setor, já nos preparamos para isso. Como disse, seguimos com operações parciais em nossas plantas. Isso para que o abastecimento de produtos para setores essenciais não seja comprometido, mas sempre seguindo os rigorosos padrões de segurança estipulados pelo Ministério da Saúde e órgãos mundiais.As obras de Construção Civil seguem operando, com menor velocidade e controles rigorosos, mas isso tende ajudar na retomada. Acredito que o Brasil terá força na retomada, mas enfrentaremos alguns problemas econômicos, que teremos que olhar para frente e buscar alternativas, pois toda crise deixa muitas oportunidades”, informa.
E o que o sr. prevê para este ano em termos de desempenho da sua indústria?
Estamos em um período de volatilidade e isso afeta diversos setores da economia. Com a pandemia instalada mundialmente, especialistas revisam suas expectativas a cada semana, conforme os reflexos do coronavírus em toda a economia, que terá uma retração significativa em março, abril e parte de maio.
A exemplo do que está acontecendo em outros países, os principais órgãos reguladores do nosso mercado e o próprio Governo Federal têm adotado medidas para ajudar os empregadores a atravessarem esse momento da melhor forma e cooperar para a retomada da nossa economia.
Acreditamos que nos próximos dois meses esse cenário permanecerá até que a doença esteja pelo menos parcialmente controlada.
Para 2020, antes da pandemia do novo coronavírus, tínhamos o plano de crescer quatro vezes mais do que o mercado, o que deve se manter uma vez que o mercado deve ser revisado para baixo. E a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) estimava um crescimento de 4% para a indústria de materiais de construção brasileira, mas certamente estes números serão revistos para baixo, assim como o PIB já foi. Neste momento o cenário mudou e, nos próximos meses, vamos revisitar essas projeções e avaliar os impactos da doença no nosso desempenho e no setor como um todo.
A empresa está negociando com entidades governamentais para amenizar os prejuízos neste período de desabastecimento?
Temos sim feito contato com os órgão governamentais, mas de forma organizada e utilizando um canal único que é a Abramat como representante das industrias de material de construção. Nos reunimos no inicio da crise e traçamos uma boa forma de atuar e objetivos iniciais, depois disso nos reunimos todas as semanas para atualização com a entidade, mas todas as industrias enviam recomendações diárias para que a Abramat possa manter o governo atualizado das nossas reivindicações, como por exemplo, enquadrar as Lojas de Materiais de Construção como categoria essencial, que de fato é, pois muitos hospitais, mercados e outros locais que estão abertos, requerem produtos de manutenção diariamente e nosso setor pode atender.