GRUPO ASTRA CRESCE NO MERCADO

GRUPO ASTRA – Depois de o setor da construção civil enfrentar uma queda, iniciada em 2014 e agravada nos últimos três anos pela crise econômica e o envolvimento de grandes incorporadoras em escândalos de corrupção, que fez as empresas frearem os investimentos, o mercado experimenta uma retomada já no primeiro trimestre do ano.

No final de 2018, as perspectivas se mostraram favoráveis para os próximos anos e a confiança dos empresários da construção civil aumentou. O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), era de 80,3 em setembro, subiu para 81,8 no mês seguinte e chegou a 84,7 em novembro. O maior nível atingido pelo índice desde janeiro de 2015. Além disso, o mercado imobiliário registrou aumento do número de lançamentos e incremento das vendas em 2018, o que gerou uma redução nos estoques, dando uma expectativa positiva.

A Astra, por exemplo, indústria que atua há mais de 60 anos no setor da construção civil, vem acompanhando estas tendências de perto. Só nos três primeiros meses deste ano houve um crescimento de 52% nas vendas para construtora, grande parcela disso de kits industrializados em pex, que são soluções para instalação hidráulica desenvolvidas especialmente para construtoras. Os kits propiciam a melhoria de qualidade, produtividade e redução do custo sistêmico e favorecem não só as construtoras, mas também o consumidor que tem produtos de vida útil maior dentro de seu imóvel, qualidade e menor incidência de manutenção. “Desde os anos 90, a Astra apostou na utilização do pex e fomentou a industrialização das obras”, afirma o gestor de vendas técnicas da Astra, Cleverson Callera. “Nossos kits industrializados podem contribuir muito para este momento, pois a retomada exige soluções r� �pidas, seguras e eficientes”, acrescenta.

Segundo Callera, em comparação ao sistema rígido tradicional, a instalação pode ser até 32 vezes mais rápida, ou seja, enquanto se faz a instalação de um imóvel com sistema tradicional, é possível fazer 32 quando se usa o kit industrializado pex, graças ao considerável ganho de mão de obra.

Kits industrializados com tubulações em polietileno reticulado (PEX)

Sistema composto por chicote hidráulico, chassi de esgoto (chassi plástico e metálico) e chassi de chuveiro. Tubulação em PEX, pré-montada e testada dentro da indústria. O chicote é usado nas instalações hidrossanitárias da obra. Elimina a necessidade de corte do tubo PEX no canteiro de obra. São totalmente personalizados conforme o projeto e o processo construtivo.

A marca atua com o material desde 1996 e desenvolveu os kits industrializados, que são confeccionados exclusivamente de acordo com a necessidade de cada obra, a partir do crescimento da construção civil e da demanda por um sistema que atendesse aos prazos das construtoras com qualidade e eficiência. Só o sistema hidráulico já foi instalado em mais de 100.000 unidades. Além dos kits hidráulicos, a marca também fabrica kits elétricos.

A perspectiva da Astra é que no decorrer do ano a demanda seja crescente e que, em consequência, haja uma expansão desse segmento na empresa, desde o operacional ao executivo.

Empregos

A geração de emprego na indústria paulista ficou praticamente estável em março, com a criação de 500 vagas, variação positiva de 0,03%, na série sem ajuste sazonal e negativa de -0,44% feito o ajuste. No encerramento do 1º trimestre, as novas contratações somaram 12 mil novos postos de trabalho, abaixo dos 22 mil computados no mesmo período de 2018, mas próximo do resultado de 2017 – positivo em 12,5 mil novas vagas. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (16/04) pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

“O resultado do mês e do trimestre está abaixo das nossas expectativas. Para que tenhamos 10 mil novos postos em São Paulo em 2019, é preciso melhorar muito o nível de contratação”, disse José Ricardo Roriz Coelho, 2º vice-presidente da Fiesp.

Um clima mais chuvoso para essa época do ano é apontado como uma das causas a influenciar na baixa contratação de pessoal nas usinas de-cana-de-açúcar. “No ano passado, a gente não tinha mais chuvas nessa época. Tínhamos um clima mais favorável para moagem”, observa Roriz.

Desempenho por setores

Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 55% apresentaram variações negativas, com 7 contratando, 12 demitindo e 3 permanecendo estáveis.

Os principais destaques ficaram por conta do segmento de produtos alimentícios, com geração de 1.733 vagas; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (844) e produtos têxteis (225).

No campo negativo ficaram, principalmente, máquinas e equipamentos (-525); produtos de metal, exceto máquinas e equipamento (-514) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-311).

A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 37 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em março recuou -0,54% na Grande São Paulo (inclusive ABCD), no ABCD (-0,57%) e subiu 0,23% no Interior.

Entre as 37 diretorias regionais, houve variação nos resultados. Nas 12 que apontaram altas, destaque por conta de Santa Bárbara D’Oeste (0,97%), com geração de 150 vagas, influenciada por produtos têxteis (0,93%) e produtos de metal (4,76%); Ribeirão Preto (0,92%), com a criação de 600 postos de trabalho, por produtos alimentícios (2,14%) e máquinas e equipamentos (1,45%).

Já das 22 negativas, destaque para Presidente Prudente (-1,88%), com o fechamento de 800 vagas, por produtos alimentícios (-4,26%) e couro e calçados (-2,54%) e São Paulo (-0,81%), baixa de 2.850 postos, por produtos alimentícios (-3,79%) e confecção de artigos do vestuário (-1,89%).