OPERAÇÃO DA DECORLUX PRESERVA FUNCIONÁRIOS

DECORLUX – Júnior Gouveia, diretor geral da Decorlux, respondeu às questões formuladas pela revista Revenda Construção, sobre o atual momento econômico brasileiro, provocado pelo novo coronavirus.

Sua empresa está em operação ou fechada?

Nossa empresa preza muito pela segurança e bem-estar de nossos colaboradores, e nesse momento de indefinições e de perigos claros, devemos ter os cuidados necessários. Com isso, continuamos em operação, mas tomando todos os cuidados necessários, entre eles, mantendo 90% dos colaboradores em home office, e presencialmente apenas a operação de logística, indispensável para manter o mínimo operacional nesse momento, mesmo assim, disponibilizando materiais de segurança, EPI´s, álcool em gel e demais cuidados necessários para o momento em questão.

Está fazendo alguma ação diferenciada para atender o varejo?

Estamos proporcionando para nossos clientes o maior volume de informações possíveis. Muito além de informações técnicas, estamos disponibilizando informações de segurança e cuidado, bem como formas seguras de manter as operações de nossos clientes, tais como atendimento via delivery ou drive thru, a fim de que os mesmos possam ter opções de manter os negócios girando, mas com a segurança necessária pois sabemos que muitos varejos, não tem condições de suportar 15 dias ou 40 dias fechados.

Funcionários foram demitidos?

Temos nossos colaboradores como essenciais para nosso negócio, preservamos o bem estar de todos. É indispensável para a Decorlux o engajamento de todos nesse momento para passarmos por esse furacão. Para mantemos a UNIÃO de nossa equipe, característica sempre presente em nossa empresa, e agora destacada ainda mais. Preservaremos ao máximo todos os colaboradores. Não pretendemos de forma alguma movimentar nossa equipe de colaboradores, pois como mencionado acima, todos são essenciais para passarmos por essa turbulência bem como para a retomada de nosso crescimento logo que passar essa situação.

O estoque de produtos será suficiente para atender aos pedidos quando normalizar a situação?

Nos preparamos com antecedência, logo que identificamos o problema na Ásia, iniciamos uma movimentação diferenciada, nunca antes pontuados em nossa empresa, visto que a situação naquele momento demonstrava-se aparentemente única, nunca antes vista em tempos modernos. Com isso, negociamos com nossos fornecedores uma forma de minimizarmos o máximo os atrasos na produção e na entrega dos produtos, com isso conseguimos antecipar e minimizar o mínimo possível o impacto recebido. Ajustamos nosso estoque de forma que, após o fim da pandemia, certamente estaremos preparados para atender todos nossos clientes com qualidade e produtos suficientes.

Quando acredita na retomada das operações?

Acreditamos que teremos um semestre extremamente difícil. Iniciamos o ano de 2020 com boas previsões, resultados positivos, crescimento sustentável nos meses de janeiro e fevereiro, e repentinamente tivemos uma mudança de cenário brusca, que nos levou a rever todos nossos estudos, nosso orçamento e nossas previsões, mas mediante uma situação completamente desconhecida, e dessa forma, nossas decisões são tomadas a curtíssimo prazo, mediante a realidade diária que vivenciamos. Vemos que teremos um primeiro semestre extremamente difícil, não vemos um horizonte positivo nesse período. Agora devemos manter a calma, lutar para sobreviver para que no segundo semestre possamos então reconstruir e minimizar todo declínio que estamos tendo nesse momento.

E o que o sr. prevê para este ano em termos de desempenho da sua indústria?

Pelo que estamos acompanhando, vemos que a indústria será fortemente impactada visto que depende de matéria-prima que muitas vezes não chegará nas datas previstas o que forçará muitas industrias a realmente interromper as atividades, muitas vezes sem previsões claras de retorno, prejudicando muito àquelas industrias de menor porte, com abrangência local, regional que não tenham um caixa sustentável para manter as portas fechadas por muito tempo. Certamente precisarão de um apoio forte dos órgãos públicos, reduzindo burocracias, postergando pagamentos, concedendo isenções para que a atividade comercial como um todo possa suportar esse impacto brusco e diluir ao longo dos anos os prejuízos que certamente todos teremos.

A empresa está negociando com entidades governamentais para amenizar os prejuízos neste período de desabastecimento?

Estamos acompanhando diuturnamente toda situação a nível municipal, estadual, nacional e internacional. Pois todos os impactos influenciam em nosso negócio. Estamos em contato contínuo, através de nosso departamento jurídico a fim de buscar alternativas junto aos governos em todas as alçadas visando os ajustes possíveis e necessários. Nosso objetivo é manter todos os cuidados intensamente divulgados pelos profissionais de saúde ajustando nossa operação de forma a não paralisarmos completamente, pois isso seria o caos completo. Vemos como indispensável a agilidade governamental para podermos vislumbrar estratégias a médio prazo. Medidas devem ser tomadas, sem medo, orientando, informando, e proporcionando ao empresariado como  um todo, possibilidade de manter seus negócios saudáveis nesse momento de crise mundial.