PARA A MARLUVAS, MAIOR PATRIMÔNIO SÃO AS PESSOAS

MARLUVAS – Dando continuidade às entrevistas com empresas do nosso segmento, entrevistamos Juliano Sperb – CMO – Chief Marketing Officer (Diretor Comercial) da Marluvas Equipamentos.

Sua empresa está em operação ou fechada?

Permanecemos, até o momento, em plena atividade. A Marluvas tem por convicção que seu maior patrimônio são as pessoas e, apesar de reconhecer-se na condição de provedor essencial da cadeia de suprimentos de industrias indispensáveis para a sociedade, temos trabalhado com quadro reduzido, afastando preventivamente os nossos colaboradores que se enquadram na faixa de risco apontada pelos órgãos competentes.

Estão realizando alguma ação diferenciada para atender o varejo?

Nossas células de atendimento em campo estão reestruturas para o formato de home office e adaptamos algumas abordagens utilizando métodos de negociação e promoção de vendas por web conference.

Funcionários foram demitidos?

Não houve e não pretendemos fazê-lo. Essa medida somente poderá ser necessárias no caso do “lockdown horizontal total” se prolongar acima das previsões.

O estoque de produtos será suficiente para atender aos pedidos quando normalizar a situação?

Nossa indústria vem numa crescente há mais de 5 anos. Dessa forma, tomamos as medidas necessárias para garantir a disponibilidade de matéria prima pelos próximos dias. Logicamente, temos consciência que há um prazo limite que poderemos suportar caso a situação de bloqueio se agrave ou se prolongue por período extenso.

Quando acredita na retomada das operações?

Acreditamos que se vislumbrarmos um melhor cenário restritivo a partir do final de abril, cremos que o mercado gradativamente deve voltar a atividade normal. Porém ainda não há consolidação dessas informações e tampouco uma definição por parte dos órgãos competentes.

E o que o sr. prevê para este ano em termos de desempenho da sua indústria?

Apesar de termos uma visão otimista apesar do cenário, isso é uma grande incógnita, vinhamos em uma curva de ascendente e essa crise alterou toda a tendência. Eu acredito que teremos queda, sim, não há como manter crescimento com o varejo de portas fechadas. Infelizmente, todos teremos que pagar essa conta.

A empresa está negociando com entidades governamentais para amenizar os prejuízos neste período de desabastecimento?

Até o momento, não. O que estamos negociando é a possiblidade de atuar através do “lockdown vertical”, com muito zelo e consciência. Acreditamos que precisamos preservar os grupos de risco e colocar o restante da população na ativa. Teremos problemas muito maiores que o Covid 19 se o mercado continuar fechado indiscriminadamente.