PERIFERIAS MOVIMENTAM R$ 4 BILHÕES EM 2018

A Outdoor Social, empresa de impacto social voltada para classes populares, acaba de finalizar um estudo sobre o potencial de consumo das maiores comunidades e periferias do país no segmento de materiais de construção. Em 2018, as periferias brasileiras movimentaram mais de R$4 bilhões no segmento.

Foram analisados os resultados aferidos na Rocinha (RJ), Rio das Pedras (RJ), Heliópolis (SP), Paraisópolis (SP), Cidade de Deus (AM), Baixadas da Condor (PA), Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA), Casa Amarela (PE), Coroadinho (MA), Sol Nascente (DF) e Pirambú (CE).

O mercado consumidor das periferias vem crescendo exponencialmente nos últimos anos e, segundo dados da ONU, vai se expandir ainda mais. A previsão é que, em 2020, 55% da população mundial viverão em comunidades.

“Esse levantamento permite que agências e empresas conheçam o enorme potencial de consumo das comunidades e periferias brasileiras. E que, a partir dele, elaborem estratégias com vistas ao investimento em publicidade nas localidades que mais consomem determinado produto e também nas que menos consomem, com o objetivo de atrair mais consumidores. A partir de agora vamos disponibilizar permanentemente estudos para o mercado publicitário”, conta Emilia Rabello, fundadora do Outdoor Social.

“A partir desse estudo é possível identificar, por exemplo, que, apesar da crise econômica atual, a classe C, segue contribuindo decisivamente para movimentar o consumo interno no Brasil. Assim, os integrantes da classe média, presentes nas periferias de todos os estados brasileiros, permanecem sendo um público consumidor extremamente importante e com enorme potencial a ser explorado”, explica a socióloga Rose Faria, responsável pelo setor de Relacionamento com as Comunidades do Outdoor Social.

Resultados por comunidade:

  • Rocinha (RJ) – A comunidade da Rocinha, zona sul do Rio de Janeiro, possui mais de 73 mil moradores e apresentou forte potencial de consumo. No segmento de material de construção o potencial foi de R$ 61 milhões.
  • Rio das Pedras (RJ) – A comunidade localizada na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, tem mais de 57 mil moradores. No segmento de material de construção são mais de R$ 52 milhões em potencial de consumo registrados em 2018.
  • Heliópolis (SP) – A comunidade de Heliópolis, zona sul de São Paulo, tem mais de 44 mil habitantes. No segmento de material de construção foram R$ 24 milhões em potencial de consumo.
  • Paraisópolis (SP) – Paraisópolis, na zona sul paulistana, possui mais de 46 mil moradores. No segmento de material de construção foram R$ 24 milhões em potencial de consumo.
  • Cidade de Deus (AM) – A comunidade localizada na zona norte de Manaus tem mais 50 mil moradores. No segmento de material de construção, foram apresentados mais de R$ 26 milhões em potencial de consumo.
  • Baixadas da Condor (PA) – Existem mais de 41 mil habitantes morando na comunidade localizada na capital Belém. O potencial de consumo da comunidade no segmento de material de construção foi de R$ 27 milhões em 2018.
  • Baixadas da Estrada Nova Jurunas (PA) – A comunidade paraense, onde moram mais de 56 mil pessoas, apresentou potencial de consumo de mais R$ 70 milhões no setor.
  • Casa Amarela (PE) – Na comunidade localizada na Zona Norte de Recife moram mais de 56 mil moradores. O potencial de consumo no segmento em 2018 foi de R$ 27 milhões.
  • Coroadinho (MA) – Em Coroadinho residem mais de 58 mil habitantes. No segmento de material de construção foram mais de R$32 milhões em potencial de consumo.
  • Sol Nascente (DF) – Considerada uma das maiores comunidades da América Latina, Sol Nascente, localizada em Ceilândia, no Distrito Federal, tem mais de 65 mil habitantes. No segmento de material de construção, o potencial foi de mais de R$ 46 milhões.
  • Pirambú (CE) – Com 46 mil habitantes, Pirambú é uma comunidade de Fortaleza. O potencial de consumo da comunidade no segmento de  material de construção foi de mais de R$ 29 milhões em 2018.