Nas últimas semanas estivemos envolvidos na realização de um workshop com a participação das empresas cogestoras e parceiras, no sentido de dinamizar dados primários já existentes, coletados desde 2014 no formato de painel comportamental, e apresentar pesquisas inéditas com lojistas e consumidores de materiais de construção, para trabalhos em grupos intra-empresas e gerações de insights.

Posteriormente a esta entrega compartilhada seguem-se entregas in company, com aprofundamentos dos dados e também apresentações e debates dos resultados de questões sigilosas e exclusivas das marcas, que foram inseridas nos campos de pesquisas.

Desta maneira, mantêm-se um processo contínuo de colaborações entre as empresas participantes, num primeiro momento; para um mergulho em reflexões especificas sobre os próprios produtos e marca, num momento seguinte.

Parte do conteúdo aberto, sempre associado às marcas líderes cogestoras, é expandido em diversos formatos envolvendo eventos setoriais, mídias impressas e digitais, possibilitando acesso ao mercado a muitas destas reflexões, incluindo aí, lojistas de bairro, especializados e depósitos, responsáveis pela maior parte do sell out do setor, que sob condições normais, nunca acessariam este tipo de conhecimento.

Mantém-se, assim, um ciclo contínuo de coleta de dados primários – consumidores que realizaram grandes obras residenciais, – e dados secundários – fontes que monitoram o ambiente macroeconômico para leituras do impacto no segmento -, difusão de informações especializadas e geração de conhecimento estratégico para os objetivos particulares dos cogestores, visando elaborações de planos comerciais e de marketing, e para o mercado, visando sua evolução.

No workshop do dia 22 de junho, conduzido pela equipe da Ferraz Pesquisa de Mercado, foram trabalhados dados sobre o novo consumidor de materiais de construção e sobre as expectativas dos lojistas de bairro em relação aos fornecedores e economia, apresentados pelo DataMkt Construção.

Também foi apresentada a pesquisa Novos Filhos, Novas Obras?, que buscou identificar o impacto do nascimento de crianças como um dos motivadores para realização da obra, o perfil deste tipo de obra e compra dos materiais de construção, criando-se, assim,  a hipótese de que este cluster de consumidores merece um olhar mais atento por parte das empresas do setor.

Afinal, não é desprezível o fato de que 23,2% dos 904 entrevistados distribuídos pelo Brasil e que haviam realizado uma grande obra residencial (reforma, construção e/ou ampliação) alegaram ter sido esta uma das motivações para realização desta mesma obra.

Nada melhor do que iniciar os novos artigos a partir destes dados sobre um momento tão especial na vida das pessoas, gerados por um sistema que se propõe a integrar diversos players e compartilhar um conhecimento residual com toda a cadeia de negócios.

Muito se fala sobre as ameaças dos processos de inteligência de dados, no entanto, esses processos não são bons, nem maus em si, mas sim, como todo o resto, podem ser direcionados para finalidades boas ou más.

Talvez, o melhor uso que se possa dar a eles seja no sentido de conhecer profundamente os clientes para participar autentica e positivamente de seus momentos de vida, melhor ainda se engajando recursos internos, empresas e setores em torno da moeda mais valiosa dos dias atuais: conhecimento.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.