E-COMMERCES: DAS PESQUISAS DOS MATERIAIS ÀS COMPRAS

Segundo dados da consultoria Ebit, o faturamento do comércio eletrônico de produtos deverá fechar o ano de 2016 com um crescimento nominal de 8%, totalizando R$44,6 bilhões de reais.

Pela primeira vez na série histórica, esse faturamento crescerá apenas um dígito percentual, o que, considerando a queda atual do volume de vendas do comércio monitorado pelo IBGE, de 9,2%, este é um indicativo positivo.

Vale ficarmos atentos que, embora a venda de materiais de construção continue sendo inexpressiva nesse meio, a categoria Casa e Decoração ocupa o quinto lugar em faturamento, com participação de 7% sobre o total.

Esta categoria só é superada por Eletrodomésticos, com 24%; Telefonia/Celulares, com 20%; Eletrônicos, com 12%; e Informática, com 10%, ou seja, categorias tradicionalmente aderentes a vendas pela internet.

De maneira contundente, já é notório o crescimento da busca de informações nos e-commerces, sendo que, em meados de 2015, segundo a Ebit, a categoria Construção e Ferramentas chegou a responder por 1% do faturamento total, embora isso se deva muito mais às ferramentas do que ao segmento de construção, propriamente dito.

Mas, como se dá o atual aumento das consultas nos e-commerces e o que querem deles os consumidores no período de pesquisas anteriores a realização de uma grande reforma residencial?

No Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, em 2015, 19,6% dos entrevistados alegaram que haviam utilizado-os para pesquisarem e compararem informações dos materiais. Já, em 2016, esse percentual subiu para 22,8, um crescimento de 16,3%, em apenas um ano.

Apenas para referência, nessa mesma comparação 2016 com 2015, lojas físicas, inquestionavelmente o meio mais consultado, como vimos nos artigos anteriores, caíram 7,4% e os sites dos fabricantes, o segundo meio mais consultado, cresceram 16,8%.

Ou seja, somente por esses dados, é possível afirmar que há uma migração das pesquisas anteriores ao início da obra, dos meios físicos para os meios digitais, no entanto, considerando que uma pesquisa realizada num e-commerce de materiais de construção pode se transformar em compra, mediante estímulos adequados, o que mais buscam, nessa fase, esses consumidores?

Em 2016, 64,4% queriam pesquisar e comparar preços de produtos; 40,3%, formas de pagamento; 39%, variedade de produtos; 33,1%, condições de entrega e 31,1%, comparar preços com preços vistos nas lojas físicas.

Interessante notar que a exemplo das lojas físicas, o maior crescimento percentual comparando 2016 com 2015, veio também do interesse em pesquisar formas de pagamento, com 16,5%. Nas lojas físicas, essa mesma questão, comparando os mesmo anos, apresentou um crescimento de 24,9%.

Ao que tudo indica, no atual momento econômico pelo qual estamos passando, de maneira geral, oferecer condições flexíveis de pagamento se tornou um importante diferencial para estimular a compra dos materiais, seja numa loja física, seja numa loja digital.

Os números não acreditam em coincidências.

Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2014/2015/2016 poderá ser adquirido para entrega e discussões in company.

O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas e Votorantim Cimentos, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.