SOMENTE A EDUCAÇÃO CONSTRÓI… E REFORMA

No último dia 14 de agosto ocorreu o 3º Encontro de Líderes do Varejo de Materiais de Construção, encontro que integra a área de eventos Grupo Revenda, com o DataMkt Construção e a revista Revenda Construção, visando, também integrar varejistas, atacadistas e fabricantes, por meio de dados, informações e conhecimento especializado.

No evento, discutimos a importância em qualificar os executores das obras residenciais para a redução dos gastos com serviços e, também, os próprios consumidores, para melhor utilização dos produtos.

Esse é um movimento positivo para o segmento, pois, parte das despesas destinadas à contratação de pedreiros, pintores, encanadores, eletricistas, azulejistas, entre outros, poderá ser redirecionada para a compra dos produtos, por causa da melhor qualificação dos executores e dos próprios consumidores, que ao utilizarem mais, melhor e melhores materiais básicos e de acabamento, impactarão, positivamente, o comércio do segmento.

Num momento em que os investimentos em obras de infraestrutura encontram-se em níveis historicamente baixos, e de decréscimo no número de lançamentos de unidades residenciais novas, para as indústrias do setor, em especial, continuará sendo o comércio, impulsionado pelo consumo interno, o principal pilar de sustenção dos faturamentos, e, em muitos casos, crescimentos percentuais das vendas em 2018, e, muito provavelmente, em 2019.

Tendo como base dados primários da pesquisa “Dimensionamento dos gastos dos consumidores quando reformando ou construindo”, entregue em dezembro de 2015, e que entrevistou, por telefone ou presencialmente, 500 consumidores na Grande São Paulo que haviam reformado ou ampliado suas residências durante o ano, do montante projetado e estimado de R$5,806 bilhões, gastos em obras residenciais na Grande São Paulo, 57,6% foram com materiais de construção, enquanto 42,4%, com toda a mão de obra contratada.

Numa livre conta associativa, se apenas 5% do valor gasto com os executores – passando de 42,4% para 37,4% –, fosse destinado para a compra dos materiais de construção – passando de 57,6% para 62,6% –, estaríamos falando, em valores relativos ao ano de 2015, de aproximadamente, R$290 milhões ano, com potencial de serem injetados no comércio de materiais de construção da Grande São Paulo.


Se, consideramos a Grande São Paulo como responsável por cerca de 11% de todo o faturamento do comércio do setor, numa livre projeção, estaríamos falando de aproximadamente R$2,610 bilhões, com potencial de serem injetados no comércio de materiais de construção do Brasil.

Todos os problemas com mãos de obra, que vão desde a má utilização dos produtos ou utilização de produtos de má qualidade – ou, ambos juntos –, passando por retrabalhos, absenteísmo, baixa qualificação, problemas de relacionamento com os moradores e estouro de cronogramas, apenas para ficarmos em alguns deles, se reduzidos, não só trariam um desejável ganho de produtividade, como também deixariam um residual mais positivo em relação aos transtornos causados na rotina das famílias, estimulando-as a continuarem fazendo melhorias no ambiente doméstico.

E, assim como, o YouTube é um importante meio para estimular os consumidores a fazerem constantes melhorias em seus lares, paralelamente, ou, adicionalmente, educando vários perfis de públicos em relação a assuntos mais complexos e pouco aderentes ao Faça Você Mesmo, são as lojas de materiais de construção, independentemente do porte, também um importante meio para realização de cursos ou para multiplicar conhecimento, em parceria com os fornecedores, para formação e educação de pedreiros, pintores, eletricistas, encanadores, azulejistas etc.

Certamente, esses profissionais, pelo menos os melhores dentre eles, ficarão gratos aos lojistas e fornecedores, não só por aprenderem sobre o uso correto dos materiais, como, também, sobre o gerenciamento dos seus próprios serviços.

De um lado, a combinação harmoniosa de esforços e investimentos de lojistas e fornecedores na qualificação e educação de executores, e, de outro, o uso cada vez mais inteligente e, também, educativo, das mídias sociais, poderão contribuir, somados, para a redução dos gastos com serviços e aumento dos gastos com materiais de construção, trazendo ganho para toda a cadeia.

Esse é o encontro de dois mundos complementares: as tradicionais lojas de materiais de construção com as novas tecnologias digitais, tendo como fator único algo que transcende os meios e as épocas, mas sempre traz bons resultados: educação.

O sistema de inteligência de mercado DataMkt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo também, para sua profissionalização e desenvolvimento.