UMA BREVE HISTÓRIA DO CONSUMIDOR DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Se há um padrão mínimo no tipo de obras residenciais realizadas no Brasil, muito provavelmente, o captamos no Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, no qual, apenas considerando os anos de 2015, 2016 e 2017, entrevistamos 2.465 consumidores de materiais de construção que haviam realizado grandes obras residenciais no período de um ano, com a entrega dos resultados em todos os meses de setembro.

Nesses anos, nos questionários, antes da investigação da jornada de compra dos materiais, procurávamos definir o tipo de obra, a metragem quadrada e os principais cômodos reformados.

Nos três anos consecutivos, a maioria pintou a residência, numa média de 82,8%, seguida por troca de pisos e azulejos, numa média de 63,7%, e, apenas para ficarmos nos três tipos de obras mais realizadas, fizeram a parte elétrica, numa média de 55,4%.

Já, em relação a metragem média do imóvel que foi reformado, também, por três anos consecutivos, a maior incidência foi a de residências de 51m² a 75 m², numa média de 29,5%, sendo que os dois principais cômodos onde foram realizadas essas obras, também nas três pesquisas, foram os quartos, com 66,3%, numa média de 1,8 quarto por entrevistado que os reformou, seguidos pelos banheiros/lavabos, com 61%, numa média de 1,2 banheiro/lavabo.

Mas, agora, avançando para a jornada de compra, onde, predominantemente, esses consumidores mais pesquisaram os materiais para as obras, antes de seu início?


Na média dos últimos três anos, o tempo entre a decisão de realizar a reforma residencial e o seu início, foi de 3,9 meses, sendo que, nesse período, também na média, o meio mais consultado para as pesquisas e comparações de preços e características dos produtos foram as lojas físicas de materiais de construção, com 76,1%, seguido pelos sites dos fabricantes, por 35,6%, e, tecnicamente empatados, mídias sociais, com 25,7%, e tabloides de ofertas, com 24,1%.

E, quando chegou o momento da compra, os canais mais utilizados, independentemente dos valores gastos, volume ou número de itens comprados, foram, em ordem, lojas de bairro (médias, pequenas e multicategorias), home centers/lojas grandes e lojas de tintas, apenas para ficarmos nos três tipos mais utilizados.

Obras essas, por fim, que foram realizadas predominantemente por pedreiros, contratados por 70,2% dos entrevistados, na média dos três anos de pesquisa, seguidos pelos pintores, por 45,2%, e, apenas para ficarmos nos três tipos de mãos de obra mais contratadas, eletricistas, por 29%.

No entanto, no mais recente Painel, de 2017, 84,8% dos consumidores que haviam realizado essas mesmas obras, disseram ter intenções de continuar fazendo novos reparos e melhorias no lar para torná-lo cada vez mais agradável e acolhedor para a convivência com familiares e amigos.

Como vemos, essa é uma história que não tem fim.

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