ATACADISTAS PSICÓLOGOS

Com esse artigo, encerramos a série de três entendimentos exclusivos sobre o relacionamento dos lojistas de bairro com atacadistas, justamente, oriundos da Pesquisa Relacionamento dos Lojistas com Atacadistas e Distribuidores, realizada em julho, pela área de pesquisas de mercado do Grupo Revenda, idealizada e supervisionada pelo DataMkt Construção, apresentada, originariamente, no 13º Prêmio Excelência Atacadistas Distribuidores, no último dia 11 de setembro, no Secovi-SP, e que servirá de base para reflexões num artigo escrito numa linguagem acessível para os revendedores, na próxima edição da revista Revenda Construção, com circulação para os lojistas de todo o Brasil.

Dessa maneira, fechamos um ciclo virtuoso que visa integrar o mercado, por meio de eventos, revista Revenda Construção, mídias digitais complementares, e, ao mesmo tempo, provocar debates e reflexões utilizando dados primários e secundários, das mais fidedignas fontes.

Bem, então, finalizando a “trilogia atacadistas”, vamos às respostas, e, consequentes hipóteses, suscitadas pelo título.

Para os 480 lojistas entrevistados e divididos em quatro regiões, elencamos cinco itens, para definições daquilo que era “muito importante”, “importante”, “pouco importante” e “sem importância”, na relação comercial com os atacadistas: entrega da mercadoria no mesmo dia da solicitação, treinamento de vendas para a equipe de vendedores/balconistas, ser atendido por vendedores simpáticos e prestativos, investimento na melhoria do ambiente da loja e materiais de apoio à venda, como displays, materiais publicitários para balcões e gôndolas etc.

Simpatia e prestatividade foi, destacadamente, o item considerado “muito importante” pela grande maioria dos entrevistados, com destaque para o Sul, com 85,8%, seguido pelo Sudeste, com 81,7%, pelo Centro Oeste, com 78,3%, e, pelo Nordeste, com 77,5%.


Ou seja, podemos presumir que todas as outras questões mais técnicas, como, entrega, treinamento, ambientação e materiais de PDV, terão pouca efetividade se não houver uma relação empática entre os vendedores/representantes dos atacadistas e os lojistas de bairro.

Isso nos remete ao artigo anterior, Atacadistas Sempre Presentes, quando, também destacadamente, na média Brasil, 89,1% dos entrevistados disseram fazer compras dos atacadistas presencialmente, quando visitados.

Talvez, como consequência de se sentirem coadjuvantes no jogo do varejo de materiais de construção, esse perfil de lojistas menores espere dos atacadistas uma atenção especial, muito além de uma relação de compra e venda com entrega rápida, que os faça sentirem-se valorizados.

Podemos, então, adicionar ao componente social do trabalho do atacado de materiais de construção, que democratiza o acesso aos materiais para os 5.570 municípios brasileiros, também, outro papel, porém de caráter psicológico: elevar a autoestima dos lojistas de bairro.

Quanto aos outros atributos mais votados na pesquisa… Bem, deixemos de lado. É mera consequência.

O sistema de inteligência de mercado DataMkt Construção é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo também, para sua profissionalização e desenvolvimento.